Calcinha Preta emociona mais de 20 mil em Porto Seguro e faz história na Passarela da Cultura com show inesquecível
Sob aplausos, chuva e corações acelerados, Calcinha Preta protagonizou uma das noites mais marcantes da história recente de Porto Seguro. Mais de 20 mil pessoas ocuparam cada metro da Passarela da Cultura, formando um mar de gente apaixonada pelo forró romântico que transformou a banda em lenda viva da música brasileira.
Vindos de Belmonte, Cabrália, Eunápolis, Itabela, Guaratinga, Teixeira de Freitas e até cidades do Espírito Santo, os fãs chegaram cedo, tomaram seus lugares e viveram uma noite intensa de emoção, memória e superação — começando pelo esforço da própria banda, que precisou atravessar a pé a ponte do Rio Jequitinhonha, em Itapebi, devido à interdição parcial da via, demonstrando compromisso e respeito com seu público.
Abertura com talento local: Gui de Paula
Antes da atração principal, quem aqueceu os corações foi o jovem cantor Gui de Paula, filho do empresário Guto de Paula, figura reconhecida no setor hoteleiro de Porto Seguro. Com carisma e energia, Gui encantou a multidão com um repertório eclético, vibrante e dançante, mesclando forró moderno e piseiro, e foi ovacionado por sua performance animada e contagiante. A recepção do público confirmou: Gui de Paula é uma das grandes apostas da nova cena musical do sul da Bahia.
Sucessos, lágrimas e coros a céu aberto
Quando Calcinha Preta subiu ao palco, o impacto foi imediato. Telões de LED iluminaram os rostos da multidão, o som impecável invadiu as ruas e a emoção tomou conta. O público cantou em uníssono músicas que marcaram gerações:
“E o Vento Levou”
“Como Vou Deixar Você?”
“Agora Estou Sofrendo”
“Louca Por Ti”
“Amor da Minha Vida”
“Manchete de Jornais”
A música “Paulinha” não foi tocada, e também não houve menções nostálgicas — o show teve foco total na vibração atual da banda, com interpretações marcantes e renovadas que fizeram o público chorar, sorrir e reviver memórias.
Vozes que marcaram e renovaram a história
O espetáculo reuniu os grandes nomes que ajudaram a construir a história da banda: Daniel Diau e Silvânia Aquino, donos de vozes icônicas que embalaram amores em todo o Brasil. Ao lado deles, os atuais cantores Bell Oliver e O’hara Ravick mostraram que o legado da banda está em boas mãos — e provam que Calcinha Preta segue viva, relevante e em constante reinvenção.
Produção de alto nível e interação com o público
Com estrutura de festival, o evento contou com som de altíssima qualidade, telões de LED de grande porte, iluminação sincronizada com as músicas e total interação da banda com os fãs. A performance de palco foi intensa e verdadeira. A cada pausa, uma palavra de carinho, um agradecimento, um sorriso trocado. Foi um espetáculo humano — mais do que técnico — onde o povo virou parte do palco.
Segurança, organização e clima familiar
O evento contou com reforço da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, segurança privada e equipe médica, garantindo tranquilidade do começo ao fim. O clima era familiar, com crianças nos ombros dos pais, idosos se emocionando e casais dançando coladinhos, todos envolvidos pela mesma força: a música.
Fechando com energia: Nadson “O Ferinha”
Após o espetáculo da Calcinha Preta, quem subiu ao palco foi Nadson “O Ferinha”, que manteve o alto astral com seu estilo irreverente e animado, embalando a madrugada com muito piseiro e forró eletrônico. Mas o grande momento da noite já havia sido eternizado: Calcinha Preta conquistou Porto Seguro com um show inesquecível e consagrou mais uma vez seu lugar no coração do povo nordestino.
Uma noite para sempre. Uma multidão em coro. Uma ponte atravessada. Uma história reescrita. E uma certeza: o amor do público por Calcinha Preta segue firme, forte — e eterno.
***Texto: Vinícius Brandão