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Justiça destitui presidente da CBF, nomeia interventor e determina nova eleição

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu nesta quinta-feira (7/12) destituir o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, e determinou a nomeação de um interventor. O escolhido pelo TJ-RJ é o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, José Perdiz

O placar pela destituição de Rodrigues foi de três votos a zero. Ele pode recorrer da decisão, mas, a princípio, a CBF terá de promover uma nova eleição em até 30 dias.

Votaram pela saída do presidente da entidade o relator do processo, Gabriel Zéfiro, e os desembargadores Mauro Martins e Mafalda Luchese.

O caso tem relação com o modo conturbado como Ednaldo Rodrigues chegou à presidência da CBF. O TJ-RJ analisou a legalidade de um Termo de Ajustamento de Conduta assinado pela CBF e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em março do ano passado. O O TAC permitiu que a Assembleia-Geral da CBF elegesse Rodrigues para o comando da entidade.

Em 2018, o MP-RJ havia apresentado uma ação contra a CBF, sob a avaliação de que o estatuto da entidade era ilegal, uma vez que não previa peso igualitário entre federações e clubes.

Uma crise interna levou ao afastamento de Rogério Caboclo do comando da confederação, em meio a denúncias de assédio sexual. Rodrigues, um dos vice-presidentes à época, assumiu interinamente e procedeu com a negociação do TAC.

A eleição de Caboclo foi anulada pela Justiça em 2021 – quando ele já estava afastado -, um novo pleito foi convocado e Ednaldo Rodrigues foi eleito.

A oposição a Ednaldo Rodrigues tentou barrar a votação de 2022 sob o argumento de que o TAC, assinado por um presidente interino, referendava uma eleição que o levaria à presidência de fato. A demanda foi acolhida pela Justiça fluminense nesta quinta.

Fonte: Carta Capital

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