O Portal de notícias de Porto Seguro

Fim do sonho e de volta à realidade.

Torcemos pelo Brasil, mas a exploração dessa paixão pelo esporte bretão, e a alienação decorrente desse envolvimento, tem que ser derrotada.

0

O país que carrega a chuteira no coração e desconsidera a realidade do seu povo, experimentou, mais uma vez, a emoção de uma eliminação nas quartas de final da copa do mundo de futebol na URSS.

Realmente uma frustração para todos os brasileiros apaixonados pelo futebol e iludidos com conquistas que jamais refletiram na sua condição social, econômica e política, e que mascaram, há décadas, a situação de flagelo e opressão vividos pelo povo brasileiro.

Torcemos pelo Brasil, mas a exploração dessa paixão pelo esporte bretão, e a alienação decorrente desse envolvimento, tem que ser derrotada. O Brasil de que “Este é um país que vai pra frente” ou “Ame-o ou deixe-o”, sustentado pela grande paixão pelo futebol, precisa ser reavaliado. A ideia “Global” de que somos fortes vencendo essas competições é um grande engodo, uma afirmação ao estado de miséria que vivemos, e uma acomodação ignorante ao caos político e social do presente.

O dito popular diz que do limão temos que fazer uma limonada. Tomara que desta vez, a derrota da seleção em campos russos, traga a luz do espírito de independência, de soberania e da tomada de consciência de desenvolvimento, de que a felicidade e a satisfação de um povo não se limitam a um gramado, a uma seleção, a um torneio, mas à sua educação, à sua saúde e, sobretudo, à sua decisão política de modificar essa situação.

Para a Bélgica, a França ou até mesmo a URSS, vencer essa competição, não tem o efeito, muito menos a repercussão ufanista, alardeada por aqui, exibindo uma falsa imagem de superioridade e de excelência de um país, que na realidade, sofre, pena e se vê impotente diante de uma mídia poderosa ludibriante e ao mesmo tempo festejada.

Avante Brasil! Eleições em outubro;

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.