Transferências de alunos das escolas Monteiro Lobato e Criança Esperança geram protestos de mães na Câmara Municipal de Porto Seguro
Um grupo de mulheres, mães de alunos, estava presente durante a reunião dos vereadores dessa quinta-feira, 25 de novembro, para protestar pela transferência dos filhos das escolas municipais Monteiro Lobato e Criança Esperança, que funcionava na praça do Gravatá, no Complexo do Baianão.
Empunhando cartazes, as mães questionavam a situação e cobrava uma reunião com a Secretária Municipal de Educação, Dilza Reis.
De acordo com a líder dos pais de alunos da Escola Monteiro Lobato, Elma Nunes, os alunos foram transferidos sem consultar os docentes, funcionários e os pais dos alunos. Além disso, o remanejamento dos alunos para o Colégio Álvaro Henrique, antigo Frei Calixto, não foi visto de bom grado pela comunidade escolar das duas unidades de ensino, uma vez que tal colégio, além de distante, não possui estrutura necessária para adequar os alunos do Monteiro Lobato e Criança Esperança. “Nossas crianças são entre 5 e 11 anos e esse colégio possui escadas, corrimões, enfim, uma série de equipamentos que não são adequados a essa faixa etária, o que vai causar riscos aos nossos filhos. Também não queremos que nossos filhos estudem no mesmo lugar com crianças maiores e adolescentes. Se não bastasse tudo isso, o que mais nos preocupa é a qualidade de ensino, pois a Monteiro Lobato está em terceiro lugar no Ideb, índice que mede o desenvolvimento da educação básica no país, desabafa.
As mães de alunos dessas escolas, antes de ir à Câmara, fizeram manifestação em frente às escolas na semana passada e na última segunda-feira, 22/11.
Marivalda dos Santos, mãe de aluno da Escola Infantil Criança Esperança, reforça sobre a falta de estrutura adequada no colégio que está sendo oferecido para o remanejamento dos alunos. “É área de risco para nossos filhos”, complementa.
Durante a sessão , a presidente da Câmara Municipal, Ariana Prates, disse que ficou a par da situação durante viagem para Brasília. Ela chegou a comentar com o prefeito Jânio Natal sobre o assunto, que comandava a comitiva que estava na capital federal.
Pelo que contou Ariana, um técnico pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, elaborou essa solução baseado num estudo equivocado que, aparentemente, focava apenas na diminuição dos custos para a Prefeitura, considerando que as duas unidades escolares funcionam em prédio alugado, sendo que no outro colégio, do qual seriam remanejados os alunos, existem várias salas ociosas que podem comportar a demanda de alunos das duas escolas.
A presidente da Casa fez questão de criticar a postura unilateral desse técnico, sem antes ouvir a comunidade escolar. “Eu, na qualidade de mãe, também não deixaria meu filho estudar em escola com crianças maiores e adolescentes”, frisou.
Ao que tudo indica, uma reunião será marcada entre a Secretaria de Educação do município e os representantes dos pais de alunos, para encontrar uma solução para o caso.