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Cachaça é 3º destilado mais bebido no mundo e movimenta R$ 15 bi no Brasil

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A cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo e movimenta R$ 15,5 bilhões anualmente no país – montante que poderia ser ainda maior, se o Brasil explorasse, ao máximo, a capacidade produtiva da bebida. Segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), o país tem capacidade para atingir um volume de produção de 1,2 bilhão de litros por ano. Atualmente, são cerca de 800 milhões de litros.

No último anuário da cachaça divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 2021, 936 produtores formalizados eram responsáveis por 4.969 rótulos.

Minas Gerais é destaque no ranking de estados produtores, com 50% da produção certificada do país e 353 alambiques (veja o gráfico abaixo).

Fonte: Anuário da Cachaça 2021 – Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

O Sudeste concentra a maioria das cachaçarias, o equivalente a 66,2% da produção nacional.

A “marvada” genuinamente brasileira também tem representado bem no exterior. Segundo o governo federal, a exportação, em 2022, registrou um faturamento de US$ 18,47 milhões, o maior valor dos últimos 12 anos e um aumento de 54,74% em relação a 2021.

Eventos como a Expocachaça, em Belo Horizonte, tem como objetivo divulgar ainda mais o produto. Esta edição contou com 160 expositores de 18 estados.

Mais do que reunir os produtores da bebida, a feira abre portas para a cadeia produtiva.

“Até o fim da década de 1990, a cachaça carregava um preconceito muito grande. Os equipamentos não eram sofisticados e as indústrias eram pequenas. Hoje, o Brasil não só exporta a cachaça, mas os maquinários para outros países produzirem tequila e whisky. A cachaça ficou elitizada, perdeu aquela conotação de bebida de bêbado”, explicou José Lúcio Mendes, presidente da Expocachaça.

A Fábrica de Alambiques Santa Efigênia, por exemplo, expôs algumas máquinas que manufatura São 75 anos de mercado.

“A gente sempre procurou parcerias com universidades para desenvolver produtos novos e com mais tecnologias. Nós desenvolvemos novos pratos de destilação, novas formas de resfriamento, métodos que mantém a qualidade com eficiência”, disse Renato de Carvalho, dono da empresa.

Outro setor importante é o que fabrica barris, onde a bebida fica armazenada. Eles são feitos de madeira, e a qualidade do material influencia no tom e no aroma da bebida.

“Antes a gente trabalhava com madeiras que traziam bebidas importadas como whisky. Com o passar do tempo, houve ainda mais exigência, por madeiras novas, diferentes. Hoje nós trouxemos para feira os barris de amendoim e já vendemos quase todos”, comemora Luís Cláudio Nogueira, responsável pela Tanoaria Agulhas Negras.

Fonte: G1 Notícias

 

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