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Brasileiro é premiado por reflorestar áreas degradadas no Sul da Bahia

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As contribuições transformadoras que Bruno Mariani trouxe ao campo da sustentabilidade fizeram com que ele se torna-se o primeiro brasileiro a receber a Medalha Weizmann em Ciências e Humanidades. O reconhecimento destaca seu trabalho na restauração de florestas nativas – uma referência mundial na integração entre ciência, inovação, finanças e impacto socioambiental. Ao reflorestar áreas degradadas, seu trabalho gera territórios biodiversos e, ao mesmo tempo, produtivos.

Mariani é CEO da Symbiosis Investimentos e aliou o conhecimento da carreira no mercado financeiro à paixão pela natureza para fazer um investimento inédito no melhoramento genético e plantio em larga escala de espécies arbóreas nativas. A história mostra o potencial econômico do Brasil e revela que a atividade já está se profissionalizando.

Com seu trabalho, Bruno lidera iniciativas que promoveram a regeneração de milhares de hectares de Mata Atlântica, contribuindo para a recuperação da biodiversidade, para a melhoria dos solos e da água e para o fortalecimento de economias locais. Seu modelo combina ciência, tecnologia e visão empresarial para transformar áreas degradadas em florestas produtivas e resilientes.

Trajetória e propósito

Após uma sólida carreira no setor financeiro, Mariani passou a dedicar-se integralmente à restauração ecológica em larga escala – uma necessidade urgente em um cenário global de degradação ambiental. Seu modelo de negócio alia retorno financeiro à geração de benefícios ambientais e sociais, ampliando serviços ecossistêmicos essenciais, como qualidade da água e do ar, polinização, produção de madeira e sequestro de carbono.

O CEO e fundador da Symbiosis Investimentos é recebe a seguinte descrição, no site da empresa: “Bruno Mariani acredita que o Brasil tem o potencial de restaurar 12 milhões de hectares de florestas. Essa restauração deve ir além de benefícios ambientais para o país e o planeta. É fundamental que ela crie empregos e renda para as comunidades locais. Com essa visão, fundou a Symbiosis, comprometido em demonstrar que é possível reflorestar o Brasil com espécies nativas, recuperando solo e água, produzindo madeira de alta qualidade e prevenindo o desmatamento de florestas naturais.

A Symbiosis trabalha justamente reflorestando pastagens degradadas com espécies nativas da Mata Atlântica. Ao cultivar árvores nativas, muitas delas ameaçadas, a biodiversidade é fortalecida, a qualidade ambiental melhora e surge uma nova referência em produção sustentável de madeira, a Silvicultura de Espécies Nativas. A operação é inteiramente baseada em ciência e inovação, e hoje a pesquisa para melhoramento de espécies nativas tem o apoio do BNDES, Coalizão Brasil Clima Floresta e Agricultura e Bezos Earth Fund.

A empresa integra o Restore Fund da Apple, dedicado a soluções baseadas na natureza para enfrentar as mudanças climáticas, e recentemente recebeu empréstimo do BNDES, por meio do Fundo Clima, para financiar a implantação das novas áreas.

Instituto Weizmann de Ciências

A relação com o Instituto Weizmann se fortaleceu em 2018, após uma palestra do pesquisador Rafael Stern, organizada pelos Amigos do Weizmann em São Paulo. O encontro deu origem a uma colaboração científica que resultou em publicação conjunta. Em 2023, o Prof. Roee Ozeri (Vice-Presidente do Weizmann) e o Prof. Alon Chen (Presidente do Instituto) visitaram a Bahia para conhecer de perto o trabalho de restauração liderado por Mariani.

Agora, Mariani assume o cargo de Chair do novo Hub de Sustentabilidade do Weizmann na América Latina, iniciativa que reunirá apoiadores engajados na pauta ambiental, promovendo diálogo e colaboração com pesquisadores do Instituto. Ele também é Presidente do Conselho do Funbio – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade.

Fonte: Ciclovivo

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