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Cientistas afirmam que 2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos

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As altas temperaturas se devem principalmente às contínuas emissões de gases estufa resultantes da queima de combustíveis fósseis, combinadas com o El Niño

Entre os últimos 125 mil anos, 2023 deve ser o mais quente de todos. Essa foi a conclusão alcançada por cientistas da União Europeia (UE), após dados divulgados nesta quarta-feira (8) mostrarem que o mês passado foi o outubro mais quente já registrado.

O último mês ultrapassou em 0,4ºC a temperatura média anterior mais alta de outubro até então, que foi observada em 2019. De acordo com a vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da UE, Samantha Burgess, o recorde foi quebrado com uma margem “enorme”. Em comunicado, o C3S informou que isso torna 2023 “virtualmente certo” como o ano mais quente já registado.

Burgess acrescentou que “quando combinamos os nossos dados com os do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), podemos dizer que este é o ano mais quente dos últimos 125 mil anos”.

As temperaturas elevadas se devem principalmente às contínuas emissões de gases com efeito de estufa resultantes da queima de combustíveis fósseis, combinadas com o aparecimento do padrão climático natural El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.

Embora os países venham estabelecendo metas cada vez mais ambiciosas para reduzir gradualmente as emissões, até o momento, isso não aconteceu. As emissões globais de CO2 atingiram um nível recorde em 2022.

As alterações climáticas geram extremos cada vez mais destrutivos. Em 2023, isso foi percebido em inundações que mataram milhares de pessoas na Líbia, fortes ondas de calor na América do Sul e a pior temporada de incêndios florestais já registada no Canadá.

Por Informações: Terra

 

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