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Governo da Bahia anuncia decreto de emergência para ajudar cidades afetadas por manchas de óleo no estado

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O governo da Bahia anunciou neste sábado (12) um decreto de situação de emergência por causa das manchas de óleo que atingem o nordeste desde setembro. Segundo o governador em exercício e vice, João Leão, o objetivo é liberar recursos para as cidades afetadas no estado. O documento foi assinado ontem segunda-feira (14/10).

A medida foi divulgada durante o primeiro encontro de um grupo criado para combater o problema no estado. O Comando Unificado do Incidente, como foi nomeado, é composto por representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Instituto do Meio-Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Marinha do Brasil, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Ministérios Públicos Federal e Estadual, Defesa Civil, Coordenadores dos Planos de Área da Baía de Todos-os-Santos e da Baía de Aratu, além de integrantes das prefeituras dos municípios afetados.

Praia de Guarajuba em Camaçari

A reunião foi realizada na sede do Ibama, em Salvador. De acordo com o governo, de imediato ficou definido que o Ibama e o Inema irão elaborar um documento de orientação de limpeza de praia, que será disponibilizado para as prefeituras afetadas, incluindo informações importantes para destinação correta dos resíduos coletados.

Além da sala de comando, esse trabalho também será feito com o Comitê Nacional de Crise, que vai ser deslocado para a Marinha, em Salvador. “Ele começou no Rio Grande do Norte, há cerca de 30 dias, depois passou para Sergipe, e agora esse comitê vem para a Marinha, em Salvador”, contou.

Também durante o encontro, o Comando divulgou a informação de que houve uma suspeita de mancha de óleo de 21km quadrados a 100km da costa de Alagoas, que foi descartada após monitoramento aéreo especializado realizado por equipes da Petrobras e por imagens de satélites do Ibama.

O diretor de Fiscalização do Inema, Marcos Machado, falou sobre a dificuldade em localizar as manchas e explicou como elas se deslocam.

“Esse óleo não consegue ser visualizado aereamente [com facilidade], então a Marinha está sobrevoando a área muito, o Ibama. O Inema já fez sobrevôos, existem monitoramentos por satélites, por radares. Essa borra de óleo não fica sobrenadante, ela fica a subsuperfície, o que  a gente chama de ‘meia água’, então a gente não consegue visualizar ela chegando na costa. Então, ela chega na costa, e quando a gente conhece, já está na costa. Por que ela vem em pequenas borras? Porque ao longo desse tempo que ela já está no mar, há mais de um mês, ela vem sendo craqueada. Então ela já vem em pequenas borras, que a agente chama de pepita, porque ela também já adquiriu a matéria orgânica do mar”, conta.

Além disso, na reunião, o superintendente do Ibama também negou neste primeiro momento que a mancha possa chegar à Baía de Todos-os-Santos, que é uma das principais do estado.

Até este sábado, oito cidades baianas tinham sido atingidas pelas manchas. São elas Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Entre Rios, Esplanada, Conde e Jandaíra. A maioria dos municípios tem mais de duas praias afetadas. Na capital eram 5 até este sábado, porém, o número foi atualizado para 7, segundo informou a Marinha do Brasil. No total, são 25 localidades prejudicadas em todo o estado.

Lista de praias afetadas na Bahia:

Salvador:

  • Piatã;
  • Praia do Flamengo;
  • Jardim dos Namorados;
  • Jardim de Alah;
  • Praia de Placaford;
  • Rio Vermelho;
  • Ondina;

Lauro de Freitas (cidade limítrofe – RMS):

Vilas do Atlântico;

Camaçari (47 km – RMS):

  • Arembepe;
  • Guarajuba;
  • Itacimirim;
  • Jauá;

Mata de São João (61 km – RMS):

Praia do Forte;

Entre Rios (142 km):

  • Subaúma;
  • Porto de Sauípe;
  • Costa do Sauípe;
  • Massarandupió;

Esplanada (170 km):

  • Baixio;
  • Mamucabo;

Conde (186 km):

  • Barra da Siribinha;
  • Barra do Itariri;
  • Sítio do Conde;
  • Poças;

Jandaíra (205 km):

  • Coqueiro;
  • Mangue Seco;

Fonte: G1- Bahia

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