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Venda de bebidas alcoólicas a menores é discutida na Câmara de Porto Seguro

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Após a detenção de uma funcionária e do proprietário de um Supermercado na orla Norte de Porto Seguro, ocorrida neste domingo (30/06), em uma operação conjunta que envolveu a PM, o Ministério Público, a Prefeitura Municipal  e a Polícia Civil, e que  buscava reprimir a venda de bebidas alcoólicas para menores em Porto Seguro, o tema ocupou a maioria dos vereadores da Câmara, que fizeram uso da tribuna, na sessão desta quinta-feira, 4 de julho

O vereador Bolinha criticou a detenção da funcionária do supermercado que, segundo o vereador, não deveria ser punida e que, as sanções deveriam ser imputadas ao proprietário, com multas, embargo do estabelecimento e até mesmo a prisão do mesmo. “Parabenizo a ação, porém, que seja punido o responsável, não uma funcionária que, se não vender, pode até perder o seu emprego”, pontuou o vereador Bolinha.

Seguindo o mesmo raciocínio, o vereador Élio Brasil, além de discordar da prisão da funcionária, acrescentou que, o consumo de bebidas alcoólicas no país é uma questão cultural e foge do controle de qualquer fiscalização. “Este flagelo tem que ser enfrentado como uma realidade da sociedade com origens na educação familiar”, ponderou Élio Brasil.

A reportagem do Jojô Notícias acompanhou nesta quinta-feira, às 15:30 horas, a movimentação de milhares de jovens em férias na cidade e que se dirigiam a uma Arena montada por uma operadora de turismo local, para uma dessas badaladas festas.  A sensação que tivemos é de que; combater e  fiscalizar o consumo de bebidas alcoólicas nesses eventos é praticamente impossível. Existem jovens, com maioridade, entre eles, que podem comprar e consumir a bebida, e repassar para os menores de forma tranqüila e sem levantar a menor suspeita.

Os monitores da referida operadora, que são proibidos de concederem entrevistas aos meios de comunicação, poderiam ter um trabalho educativo mais efetivo com os jovens em férias, orientando-os, alertando-os e advertindo-os sobre os efeitos maléficos do uso desta e de outras substancias químicas, às quais os jovens recorrem. Mas não é o que se vê. Aparentemente, até participam das baladas.

A iniciativa do Ministério Público em conjunto com outras entidades é louvável, entretanto, a participação das operadoras de turismo no combate e inibição do uso dessas substâncias é essencial. Elas são quem transporta, hospeda e patrocina essas baladas alucinantes para a garotada. Porto Seguro, no imaginário desta rapaziada, é a “Amsterdã brasileira”, onde tudo é permitido e liberado; sexo, drogas e o que demais pervertido.

A terra mãe do Brasil tem muito mais a oferecer a esses jovens. É preciso que as operadoras se atentem a isso.

A redação do JoJô Noticias recebeu uma nota da Forma Turismo se posicionando sobre o assunto e que transcrevemos abaixo:

“A Forma Turismo informa que não compactua com o consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade. Ressaltamos que bebidas alcoólicas não são comercializadas tanto nos hotéis, que são fechados exclusivamente para os passageiros, quanto nas festas, onde é exigido dos proprietários que a lei seja cumprida, com a apresentação de documento de Identificação dos participantes, já que existem maiores e menores de idade dentre seus passageiros.

Caso sejam identificados jovens com sinais de embriagues nesses eventos, o procedimento adotado pela Forma Turismo é o de pronto-atendimento em enfermarias instaladas dentro das festas, com o auxílio de equipe de enfermeiros e médicos. Posteriormente, caso necessário, são encaminhados ao hotel em que estão hospedados para continuidade dos cuidados, acompanhamento e contato com seus responsáveis para informá-los do ocorrido e possíveis penalidades, de acordo com o contrato firmado entre a empresa e seus responsáveis.

Felizmente temos o apoio do Poder Público ao nosso favor para que se cumpra a lei, pois a venda de bebida alcoólica para menores é crime”.          

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