Não se sabe o verdadeiro motivo de ação tão açodada. A reportagem do Jojô Notícias, atendendo à uma denúncia de um paciente, visitou nesta sexta-feira, 09/11, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Baianão, e registrou a presença de funcionários da prefeitura realizando serviços de pintura na unidade.
O inusitado na operação é que estava sendo realizada às 9h da manhã, no período de atendimento, com filas de pacientes para serem atendidos; o que provocou a revolta dessas pessoas.
Todos sabem que nesses serviços são empregados o uso de substancias tóxicas como: água rás, água sanitária, thinner e a própria tinta, que exalam odores obrigando, inclusive , os trabalhadores a usarem máscaras protetoras.
Em depoimento à nossa reportagem, uma paciente que não quis se identificar, disse não entender a pressa de se estar fazendo aquele serviço naquele horário, com doentes para serem atendidos e que o posto não apresentava essa urgência de pintura que justificasse essa correria, declarou, muito revoltada.
Ao registrar as fotos da ação, nossa reportagem constatou que, além da irregularidade de se executar esse tipo de serviço no horário de atendimento, o mesmo estava sendo realizado por funcionários da administração, portanto, não houve a contratação de uma empresa para tal. Essa situação, de certa forma, explica a pressa da operação, já que esses funcionários não trabalham nos finais de semana. Mas levanta a dúvida: quem está recebendo pelos serviços?
De acordo informações obtidas pela nossa reportagem: a pintura da UPA do Arraial D’ajuda também foi realizada da mesma forma, pelos funcionários da administração.
Trata-se não apenas de um absurdo, mas, também de grave irregularidade fiscal e contratual. Qual empresa está apresentando as notas fiscais para quitar serviços efetuados pelos próprios funcionários da prefeitura? Será que a câmara de vereadores, que tem o papel de fiscalizar o executivo, pode nos responder essa questão?
Procurada, a responsável pela unidade– Rubia, não estava presente. Segundo informações, os serviços foram autorizados, na unidade, pelo coordenador Francisco. Como foi vedada a manifestação de funcionários, sem autorização expressa da Secretaria de Saúde em outras ocasiões, e este tem sido um procedimento de praxe, nossa reportagem não abordou os funcionários da unidade presentes, sobre o assunto. Entretanto, o espaço está aberto ao secretário Kerrys ou a qualquer funcionário da administração que desejar justificar a impropriedade da operação.
Enquanto isso, aqueles raios X, sim.. aqueles mesmos.. doados pela Veracel Celulose para o município, permanecem impávidos no mesmo local, encaixotados!
Mas este é um assunto que retomaremos, pela terceira vez, em matéria mais adiante.