São Paulo celebra a 100ª São Silvestre com festa, emoção e 55 mil corredores nas ruas da capital
A tradicional Corrida Internacional de São Silvestre chegou à sua 100ª edição neste 31 de dezembro, reafirmando-se como um dos maiores e mais simbólicos eventos esportivos do mundo. Ao longo dos 15 quilômetros de percurso, cerca de 55 mil atletas — entre profissionais, amadores e corredores fantasiados — cruzaram a linha de chegada, transformando as ruas de São Paulo em um grande palco de celebração, esporte e confraternização.
Muito além da competição, a São Silvestre manteve seu caráter festivo e democrático, reunindo participantes de todas as idades, nacionalidades e níveis de preparo físico. O clima de virada de ano esteve presente do início ao fim da prova, com música, aplausos do público, bandeiras, fantasias criativas e mensagens de paz e esperança espalhadas pelo trajeto.

Vencedores da centenária edição

Na elite masculina, a vitória foi emocionante e decidida nos metros finais. Muse Gizachew, da Etiópia, ultrapassou seu rival queniano Jonathan Kipkoech nos últimos metros da Avenida Paulista para garantir o título da 100ª São Silvestre, com um tempo aproximado de 1h08min38s — numa disputa que manteve o público em suspense até o fim. O brasileiro Fábio Jesus completou o pódio na terceira posição, representando o melhor desempenho nacional na categoria.
No feminino, a campeã foi Sisilia Ginoka Panga, da Tanzânia, que dominou grande parte da prova e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, com tempo em torno de 51min09s. A queniana Cynthia Chemweno ficou com a segunda colocação, enquanto a brasileira Núbia de Oliveira garantiu o terceiro lugar no pódio.
Baianos sobem ao pódio na 100ª edição da São Silvestre

Atletas baianos Fábio Jesus e Núbia Oliveira ficaram em 3º lugar na 100º São Silvestre.
Vêm da Bahia os brasileiros que subiram ao pódio da 100ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, nesta quarta-feira (31). Fábio Jesus Correia, de Monte Santo, foi o terceiro colocado na prova masculina, enquanto Núbia de Oliveira, natural de Jaguarari, repetiu a façanha de 2024 ao garantir o terceiro lugar na disputa feminina.
Um percurso que une história e paisagem urbana
O percurso, já consagrado, proporcionou aos corredores um verdadeiro tour por pontos emblemáticos da capital paulista. A largada e a chegada na Avenida Paulista — ícone da metrópole — deram o tom grandioso do evento. Ao longo dos 15 km, os atletas cruzaram trechos conhecidos como a Avenida Pacaembu, o Theatro Municipal, a Praça da República e enfrentaram as subidas desafiadoras da Brigadeiro Luís Antônio, sempre ao som de aplausos, músicas e palavras de incentivo.
Durante todo o trajeto, o apoio do público foi um espetáculo à parte. Famílias, turistas e moradores ocuparam calçadas e janelas para incentivar os corredores, reforçando o espírito de união que marca a São Silvestre desde sua criação.
Mais que corrida — uma festa de fim de ano

Ao completar cem edições, a corrida reafirma seu papel como símbolo de resiliência, superação e celebração da vida, encerrando o ano com esporte, alegria e a certeza de que São Paulo continua sendo o grande palco dessa festa que atravessa gerações. A São Silvestre não é apenas uma prova de atletismo — é um patrimônio cultural e um convite à celebração coletiva, onde confrontar desafios se mistura à festa de despedida do ano.