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Ícone do reggae, Jimmy Cliff morre após complicações de saúde na Jamaica

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Jimmy Cliff, um dos maiores nomes da história do reggae e figura central na difusão da música jamaicana pelo mundo, morreu aos 81 anos. A família confirmou que o artista sofreu uma convulsão decorrente de um quadro de pneumonia. A notícia foi divulgada na madrugada desta segunda-feira, em um comunicado feito por sua esposa, Latifa.

Segundo ela, Cliff estava sendo acompanhado por uma equipe médica nas últimas semanas. “Ficamos ao lado dele em todo o processo e somos profundamente gratos ao apoio que sempre recebeu. Ele sentia esse amor”, afirmou no texto. A família pediu privacidade para atravessar o período de luto e informou que novas atualizações serão divulgadas posteriormente.

A história de Jimmy Cliff também passa pelo Brasil. Foi em Salvador, em 1992, que nasceu sua filha, Nabiyah Be, fruto do relacionamento com a psicóloga baiana Sônia Gomes da Silva. Anos depois, Nabiyah estrearia no cinema mundial interpretando a personagem Linda em “Pantera Negra”, megassucesso da Marvel. A conquista trouxe ao pai um orgulho imenso e reacendeu o elo afetivo com a Bahia.

O estado, inclusive, marcou um dos episódios mais delicados de sua carreira. Em 1980, instantes antes de subir ao palco ao lado de Gilberto Gil, Cliff recebeu a notícia da morte do próprio pai. Mesmo devastado, decidiu seguir com a apresentação.

“Veio uma energia muito forte aquela noite. Consegui me ouvir cantando com uma força que nunca tinha sentido”, relembrou em entrevistas posteriores.

Jimmy Cliff deixa um legado incontestável. Dono de uma das carreiras mais prolíficas do reggae, ajudou a levar o gênero para além das fronteiras da Jamaica e se tornou referência para artistas de diferentes estilos. Sucessos como “The Harder They Come”, “You Can Get It If You Really Want” e “Many Rivers to Cross” atravessaram décadas e consolidaram sua obra como patrimônio cultural.

Além da música, Cliff também marcou presença no cinema e desempenhou papel importante na globalização da cultura jamaicana. Seu impacto permanece vivo na sonoridade contemporânea, nas releituras de seus clássicos e na reverência de novas gerações de músicos.

Fonte: Correios

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