“Ainda Estou Aqui” conquista o Oscar de Melhor Filme Internacional e faz história para o cinema brasileiro

Em uma noite histórica para o cinema nacional, o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional, consolidando-se como um marco para a cultura brasileira. A vitória vem após um período de desafios e desvalorização do setor audiovisual no país, tornando a conquista ainda mais simbólica. A atriz Fernanda Torres, que também foi indicada para conquista da estatueta, não logrou êxito.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme retrata a trajetória de Eunice Paiva, ativista e viúva do deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar. A narrativa poderosa e emocionante resgata uma parte dolorosa da história do Brasil, trazendo à tona temas de memória, justiça e resistência.

Discurso emocionante de Walter Salles

Ao subir ao palco para receber o prêmio, Walter Salles fez um discurso comovente, dedicando a vitória à mulher que inspirou o longa, Eunice Paiva, além das protagonistas do filme, Fernanda Torres e sua mãe, Fernanda Montenegro.

“Esse prêmio é para Eunice Paiva, por sua coragem e luta incansável pela verdade. Para Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, duas gerações de talento que deram alma a essa história. E, acima de tudo, para o cinema brasileiro, que mesmo em tempos de negação e apagamento, resiste e prova sua força para o mundo.”

Um renascimento do cinema brasileiro

A conquista do Oscar representa uma virada de página para a produção cinematográfica nacional, que enfrentou anos de cortes de financiamento e desmonte de políticas culturais. A vitória de “Ainda Estou Aqui” reafirma a importância do cinema como ferramenta de memória e transformação social.

Nas redes sociais, a celebração tomou conta do país, com artistas, políticos e cinéfilos exaltando a premiação como um momento de renascimento do cinema brasileiro. O filme agora entra para a história ao lado de grandes produções internacionais, mostrando ao mundo a força e a relevância das narrativas brasileiras.