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Professora denuncia ter sido apedrejada por alunos após aula de cultura afro-brasileira na Bahia

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Segundo Sueli, ao longo do ano a direção da escola recomendou que o livro ABC dos Povos Afro-brasileiros, previsto como material das aulas, não fosse utilizado. A ordem teria sido repassada pela Secretaria Municipal de Camaçari, após queixas de pais de alunos.

Em 29 de outubro, ela corrigia as atividades de uma turma quando alunos jogaram pedras contra ela. Uma das pedras a atingiu no pescoço. Após a agressão, Sueli ficou afastada do trabalho durante três dias.

Em nota, a Secretaria de Educação de Camaçari informou que recebeu a denúncia em 21 de novembro e que apura o caso. Disse também que repudia qualquer forma de discriminação, seja ela de gênero, crença ou cor. A secretaria não informou se os alunos foram afastados ou não.

Esse é o segundo caso de intolerância religiosa que ganha repercussão na Bahia, em dois dias. Na segunda (25/11), repercutiu a violência sofrida por uma vendedora vítima de intolerância religiosa no metrô de Salvador. As agressões ocorreram na tarde de sábado (23/11). A suspeita foi identificada como uma idosa, de 75 anos.

Marineide Sousa conta que esperava o transporte na Estação da Lapa, quando a mulher se aproximou dizendo que “não existia Dia da Consciência Negra”, que “não existe o dia preto”.

“Ela começou a me insultar (…), dizia que essas coisas desses povos aí, dessas culturas… tinham que ser evangelizadas. Que eu tinha que me evangelizar pra tirar o diabo de dentro do meu corpo, que ela ia tirar o Exu de dentro de mim”, detalhou a vítima em entrevista à TV Bahia

A suspeita ficou detida até a segunda-feira (25/11), quando passou por audiência de custódia e foi liberada. Ela vai responder ao processo em liberdade provisória, se comprometendo a comparecer a todos os atos processuais, manter endereço atualizado e não se ausentar do distrito sem prévia autorização judicial.

A CCR Metrô Bahia também se pronunciou diante do caso, afirmando repúdio a qualquer tipo de intolerância e desrespeito. De acordo com a concessionária, a Polícia Militar foi acionada pelos agentes de atendimento e segurança após o registro da denúncia.

Fonte: G1 Bahia

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