O julgamento da fatídica Operação fraternos e o indiciamento dos envolvidos num esquema de desvio de mais de 240 milhões de reais dos cofres públicos de Porto Seguro, já tem data marcada. É que o TRF-1 (Tribunal Regional Federal), nesta sexta-feira, 15/02, pautou para o dia 20/03, numa quinta-feira, o julgamento do processo em que, segundo investigações da PF e inquérito do MPF, a prefeita de Porto Seguro Cláudia Oliveira, seu marido e prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira e seu irmão e prefeito de Cabrália, Agnelo Santos, em conluio com empresários e servidores municipais idealizaram uma “ciranda da propina” que culminou no desvio de milhões do erário de Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália.
O processo vem se arrastando há mais de ano. Os gestores desses municípios ficaram afastados por seis meses, enquanto se desenrolava as investigações. Foram inúmeros os recursos apresentados pelos advogados dos suspeitos e uma montanha de dinheiro gastos em honorários com esses mesmos advogados, no sentido de protelar uma sentença, que o cidadão mais comum desses municípios, não tem dúvida que virá com uma punição rigorosa contra aqueles que, em vez de zelarem e protegerem as contas e os gastos públicos se aliaram à farra da ciranda promovendo um dos maiores escândalos de corrupção de que se tem conhecimento, desde que Cabral por aqui aportou. O processo está na reta final- todas as tentativas de embargos foram rejeitadas-, todas as informações referentes às movimentações financeiras efetuadas pelo grupo e seus asseclas foram recentemente requisitadas e fornecidas pelo Banco do Brasil, de forma que, o que resta aos “fraternos” é apelar pelo milagre daquela santa do interior do Estado de São Paulo, com quem os “fraternos” mantêm extrema e estranha devoção; já que santos e padroeiros é o que mais temos por aqui.
A sentença é aguardada nos bastidores políticos com viés rigoroso; além do afastamento dos gestores, e da devolução dos recursos desviados, especula-se também em variados pedidos de prisão.
Justiça precisa ser feita nesse território. Chega de tanta vagabundagem e impunidade.