Diversas capitais decidiram nesta segunda-feira, 29, cancelar a tradicional festa de réveillon neste ano, pelo segundo ano consecutivo, em razão da nova variante Ômicron da covid-19. Ao todo, sete capitais desistiram de fazer a festa da virada de ano.
Na noite desta segunda-feira, o prefeito de São Luís, no Maranhão, afirmou que o momento é de preocupação com a nova variante, por isso uma festa com aglomeração do tamanho do réveillon não é o ideal no momento.
“Temos enfrentado a pandemia com determinação. Com isso, diante do surgimento da nova variante do coronavírus, tomei a decisão de não realizarmos o Réveillon em São Luís. O momento nos pede prudência e responsabilidade. A nossa principal missão é cuidar das pessoas”, afirmou o prefeito Eduardo Braide (Podemos).
Em uma coletiva nesta tarde, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), disse que as festas planejadas na capital da Paraíba foram canceladas. Embora a prefeitura tenha desistido da festa da virada, a praia estará liberada para livre circulação de pessoas e reuniões particulares. Enquanto, as festas em bares e em casas de shows poderão ocorrer com protocolos de prevenção à Covid-19.
Em Florianópolis, em Santa Catarina, a queima de fogos de réveillon ocorrerá neste, mas não haverá shows. De acordo com a prefeitura, o objetivo é evitar aglomerações e o contágio da covid-19. A ideia é incentivar comemorações nos próprios bairros e, assim, girar a economia local e evitar grandes aglomerações.
A prefeitura de Palmas, no Tocantins, informou que não haverá programação do réveillon 2022. Mesmo com o avanço da vacinação e o monitoramento dos indicadores epidemiológicos que detectam diminuição dos casos, a prefeitura “considera que nas condições atuais é precoce realizar uma festa visto que ocorrerá aglomerações e, portanto, risco iminente de proliferação do vírus”.
A Prefeitura de Belo Horizonte também não planeja festa de Réveillon de 2022. O Comitê de Enfrentamento à Covid-19 divulgou no dia 23 deste mês uma nota técnica desaconselhando a realização de eventos de fim de ano.
Na nota, a equipe de médicos, formada pelos infectologistas Carlos Starling, Estevão Urbano e Unaí Tupinambás, lista uma série de motivos para que a prefeitura não patrocine festas e que a população não participe de grandes aglomerações.
Mais cedo, a prefeitura de Salvador anunciou que não realizará festa de réveillon neste ano. A decisão, anunciada também por Fortaleza neste sábado, ocorre em meio ao aumento da preocupação mundial com o avanço da nova variante Ômicron da covid-19. Ainda neste contexto, a prefeitura de Belo Horizonte informou que “não planejou” a celebração; já em Florianópolis haverá queima de fogos, mas sem público.
“Diante da chegada de uma nova variante do coronavírus e do aumento de casos na Europa, estou tomando a decisão de cancelar o Virada Salvador desse ano. Sei da importância do evento para economia da nossa cidade, mas seguimos colocando a vida das pessoas em primeiro lugar”, disse o prefeito de Salvador, Bruno Reis, no Twitter.
O Festival da Virada costuma durar pelo menos cinco dias e conta com shows de grandes artistas, além de um público estimado em mais de 250 mil pessoas.
No último sábado, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), também publicou em redes sociais a decisão de não realizar a celebração. No dia anterior, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), já havia proibido grandes eventos para a virada no estado.
“A Prefeitura de Fortaleza não irá promover evento público no Réveillon deste ano, embora a vacinação contra a Covid-19 vá bem e os números de internações e óbitos sigam estáveis em níveis baixos. Até chegamos a considerar a possibilidade de realizar nossa tradicional festa da virada, se a situação permitisse. Mas não podemos relaxar, sob pena de colocarmos todo trabalho feito até aqui a perder. O cenário internacional é preocupante. E estamos em alerta”, disse Sarto.
Na mesma publicação, no entanto, o político afirma que fica liberada a realização de festas públicas e privadas neste final de ano. “Ficam autorizados os eventos de grande porte com capacidade até 2,5 mil pessoas em ambiente fechado e 5 mil em ambiente aberto”.
Por enquanto, as prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro mantêm as festas de fim de ano, mas a decisão pode mudar caso o quadro epidemiológico sofra alterações.
Fonte: O Dia