A luta dessas famílias não é recente. Há anos, elas se dedicam ao trabalho árduo da terra, produzindo alimentos saudáveis para a população e garantindo sua subsistência. No entanto, são alvo constante dos interesses políticos e econômicos de empresários inescrupulosos, parlamentares e autoridades judiciais que buscam expulsá-los de suas terras.
Neste momento de angústia e incerteza, essas famílias da Gleba Fazenda Tabatinga, Roça do Povo, Mangabeira, Rio dos Mangues e Tropa Costeira apelam ao Governo do Estado da Bahia em busca de apoio e proteção. Eles confiam na sensibilidade do governador, que se comprometeu com as políticas públicas de assentamento e reforma agrária. Lembra-se também a contribuição dessas comunidades para a eleição do próprio governador e do Presidente da República.
São aproximadamente 6 mil famílias desesperadas, abandonadas à própria sorte, diante dos poderosos que buscam usurpar suas terras. Essas pessoas correm o risco de serem esquecidas, jogadas na história como mais uma tragédia social, vivendo ao relento, na miséria e passando fome.
Acredita-se que o governador não deseje manchar sua biografia, construída em defesa dos trabalhadores. Afinal, “um brasileiro jamais foge à luta”, como bem diz o documento divulgado pelo líder da SAFER (Sindicato Intermunicipal do Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Belmonte-BA), Everaldo Araújo.
No entanto, é também necessário destacar a atuação da justiça local e do Estado nessa situação. Mesmo diante de relatórios que comprovam a regularização e consolidação das áreas em questão, que são consideradas terras devolutas, o SDR/SAD tem se omitido, sem uma justificativa plausível. Essa omissão só reforça a percepção de que uma injustiça está sendo cometida contra esses trabalhadores, assim como ocorreu com Lula, em um ato de retaliação.
A SAFER acredita firmemente na justiça e na verdade que prevalecerão, um dia. Os esforços dessas famílias, seu trabalho árduo e sua luta pela dignidade serão reconhecidos. Não se pode permitir que os interesses políticos e econômicos prevaleçam sobre a justiça social e a garantia do direito à terra.
Portanto, é urgente que o Governo do Estado da Bahia intervenha e tome medidas efetivas para proteger essas famílias e garantir o acesso à terra, promovendo assim a justiça social e a igualdade. Está em jogo não apenas a sobrevivência dessas famílias, mas também a preservação de princípios fundamentais para uma sociedade mais justa e solidária. A hora é agora, e a esperança de um futuro melhor para essas famílias depende da ação do governo.
Veja abaixo o ofício na íntegra encaminhado ao Governador do Estado da Bahia: