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Zona Azul em Porto Seguro volta a funcionar, mas operação da nova concessionária gera críticas e insegurança entre usuários

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O serviço de Estacionamento Rotativo de Porto Seguro, a Zona Azul, voltou a funcionar após a revogação do contrato da antiga concessionária — medida adotada pelo prefeito Jânio Natal em cumprimento à promessa de campanha e diante das inúmeras irregularidades identificadas no contrato anterior. Entre os problemas que motivaram o rompimento estavam o percentual irrisório repassado ao município, a prática de preços considerados abusivos e outras anomalias que tornaram o sistema alvo de forte rejeição popular.

Atendendo a pedidos de comerciantes, empresários e da população, o prefeito determinou o retorno do serviço, com foco na mobilidade urbana, na organização dos espaços públicos e nos benefícios que o controle rotativo pode proporcionar à dinâmica do centro comercial e turístico da cidade.

No entanto, a operação da nova concessionária rapidamente passou a ser alvo de questionamentos. Desde o início das atividades, usuários relatam problemas recorrentes, entre eles:

– Ampliação indevida da área de cobrança, alcançando trechos e vias considerados inadequados ou historicamente isentos;

– Cobranças consideradas improcedentes, com registros de veículos tarifados em locais sem sinalização adequada ou em áreas não previstas no contrato;

– Ausência de tempo de tolerância, apesar de previsão expressa na Lei aprovada pela Câmara Municipal;

– Equipe insuficiente, sem agentes em quantidade necessária para orientar motoristas, esclarecer dúvidas ou regularizar demandas urgentes;

– Logística desorganizada, que tem gerado confusão entre moradores, trabalhadores e turistas.

As críticas se intensificaram nas últimas semanas, sobretudo entre aqueles que apoiaram o retorno da Zona Azul acreditando na implantação de um sistema mais eficiente, moderno e transparente. Em vez disso, o que parte da população relata é um serviço percebido como improvisado, sem estrutura adequada para atender à alta demanda da cidade — especialmente em áreas de grande movimentação comercial e turística.

Empreendedores locais alertam que a falta de organização pode gerar prejuízos, afastando clientes e criando insegurança sobre a correta cobrança do estacionamento. Moradores também expressam preocupação com a ampliação de áreas tarifadas sem justificativa clara, o que afeta diretamente a rotina de quem depende do transporte individual para trabalhar e acessar serviços essenciais.

Diante das queixas, cresce a expectativa de que a Prefeitura e a concessionária revisem imediatamente os procedimentos de operação, reavaliem os pontos de cobrança e ajustem a logística às determinações legais e às demandas reais da população.

O retorno da Zona Azul foi recebido como uma conquista importante para a mobilidade urbana de Porto Seguro. Contudo, para cumprir seu propósito de organizar o trânsito e melhorar a circulação, o serviço precisa de transparência, planejamento e respeito às normas, elementos que usuários esperam ver rigorosamente implementados nas próximas semanas.

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