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Pesquisa eleitoral em Eunápolis é alvo de forte contestação por analistas políticos

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Uma pesquisa eleitoral divulgada nesta terça-feira (17/09) em Eunápolis, na Bahia, está sendo alvo de severas críticas por parte de analistas políticos da cidade. De acordo com as informações apuradas, o levantamento, realizado pelo Instituto Foc Service e encomendado pela F5 Comunicação e Consultoria, apresenta diversas inconsistências e indícios de manipulação dos dados.

Segundo os especialistas, o estudo traz problemas graves, como a inclusão da Prefeita Cordelia Torres, que já havia anunciado sua desistência da disputa eleitoral. Além disso, os analistas apontam que algumas perguntas foram formuladas de maneira a induzir as respostas dos entrevistados.

Outro ponto questionado é a denúncia de que algumas pessoas teriam sido abordadas e entrevistadas mais de uma vez sobre o mesmo tema. Essa prática, caso confirmada, caracterizaria clara tentativa de distorcer os resultados da pesquisa.

Essa não é a primeira vez que a F5 Comunicação e Consultoria é envolvida em polêmicas envolvendo levantamentos eleitorais questionáveis. A mesma empresa foi responsável por uma pesquisa realizada em Porto Seguro, também alvo de críticas e descrédito por parte dos observadores políticos da região. A pesquisa divulgada em Porto Seguro trazia a ex-prefeita e deputada estadual Cláudia Oliveira,- recentemente condenada pela Justiça Federal em Eunápolis, por pagamentos indevidos a banca de advogados com recursos do FUNDEB,- na liderança; o que foi fortemente rechaçado por analistas e comprovado por outras pesquisas que apontaram o prefeito e candidato à reeleição, Jânio Natal, na dianteira.

Informações obtidas por um site do município de Eunápolis também revelam a existência de denúncias sobre a venda de “pacotes de pesquisas fraudulentas” que seriam comercializadas aos candidatos a prefeito, com resultados manipulados.

Para os analistas políticos, a divulgação de pesquisas eleitorais com indícios de fraude é uma estratégia desesperada de alguns candidatos que temem a manifestação livre dos eleitores e o resultado das urnas.

“Distorcer os resultados de pesquisas é um recurso político intolerável. Essa prática visa iludir e desinformar o eleitor, atentando contra a lisura do processo eleitoral”, afirma um dos especialistas consultados.

A Justiça Eleitoral e os órgãos responsáveis pela fiscalização dos pleitos devem agir com rigor para coibir esse tipo de conduta, a fim de preservar a credibilidade das pesquisas e a transparência do sistema democrático, concluem os analistas.

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