Parece piada pronta — mas não é. Durante uma operação contra a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, a Polícia Civil de Santa Catarina encontrou, literalmente, dinheiro lavado. Cerca de R$ 400 mil em espécie foram apreendidos, e parte das notas, cuidadosamente estendidas em um varal de chão, estava “secando ao sol” no melhor estilo “modo lavanderia express”.
A ação, batizada com ironia involuntária de Operação Rescaldo, cumpriu 20 ordens judiciais, sendo 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Lourenço do Oeste, Romelândia, Joinville e São Francisco do Sul. A julgar pelo cenário encontrado, os suspeitos levaram o nome da operação a sério — afinal, havia até “lavagem” em andamento.
Entre as apreensões, além das notas “ensolaradas” de R$10, a polícia localizou uma mala recheada com notas de R$10 e R$20 — aparentemente ainda não passadas nem dobradas. Também foram confiscados veículos de luxo e bens avaliados em mais de R$ 10 milhões, resultado das aquisições do grupo criminoso em cidades catarinenses e do Paraná.
Um homem de 22 anos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munições. As contas bancárias de oito investigados foram bloqueadas e outras medidas cautelares cumpridas.
A Delegacia de Investigações Criminais (DIC) de São Lourenço do Oeste, responsável pela operação, ainda não confirmou se as notas em questão foram lavadas com sabão neutro, alvejante ou apenas com a consciência pesada dos envolvidos.
Enquanto isso, a internet não perdoou o episódio e já apelidou o caso de “a lavagem mais literal da história”. Afinal, em tempos de criatividade criminosa, até o ditado popular ganha novo sentido: quem diria que lavar dinheiro, desta vez, não seria apenas uma metáfora.