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Entre a esperança e o fracasso, Ancelotti faz a estreia na Seleção Brasileira

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Carlo Ancelotti começa nesta quinta-feira a escrever sua história como técnico da Seleção Brasileira. É a estreia contra o Equador, ainda pelas Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo 2026 e ainda precisando garantir a vaga.

A contagem para o Hexa tem 12 jogos. São os quatro que restam das Eliminatórias, contra Equador, Paraguai, Chile e Bolívia, e os possíveis oito do novo formato da Copa do Mundo com 48 seleções. São três da primeira fase, o mata-mata de 32 seleções, numa nova segunda fase, oitavas, quartas, semifinais e decisão.

Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira representa a esperança e o fracasso. A esperança de que a Seleção volte a estar entre as melhores, que possa competir em alto nível com a qualidade dos jogadores que tem, que volte a ser respeitada internacionalmente, e até que esse respeito reflita um pouco o temor que sempre existiu de enfrentar o futebol brasileiro. O italiano tem currículo, títulos, qualidade e representatividade para tudo isso.

Mas a estreia de Ancelotti na Seleção Brasileira marca também o fracasso do futebol brasileiro nas últimas duas décadas. Todas as fórmulas foram tentadas. Já teve Seleção repetindo os mais experientes e campeões, como Parreira 2006 e Felipão 2014; já teve Seleção com disciplina e resgate do “amor à pátria” com Dunga 2010 e depois a volta em 2015; já teve “merecimento” com o técnico realmente mais vitorioso do país com Tite em 2018 e 2022; e teve muita experimentação, com Mano Menezes, Fernando Diniz, Dorival e a até Ramon Menezes.

A realidade é que a equipe fracassou e perdeu respeito e representatividade. Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira é fruto de tudo isso, de todos estes fracassos. Ou se aceitaria um estrangeiro na seleção Brasileira se o futebol brasileiro não estivesse tão derrubado pelos fracassos seguidos e que parecem intermináveis?

Com tudo isso, Carlo Ancelotti também sabe que só há uma forma de triunfar na Seleção Brasileira: Fazendo os 12 jogos e ganhando o Hexa. O estrangeiro na Seleção tem ares de última cartada, de única alternativa, de última chance. Agora é pelo resultado, pelo orgulho ferido, mesmo que esse mesmo orgulho tenha sido deixado de lado com um italiano (logo um italiano) comandando a “nossa” Seleção.

Fonte: NSC Total

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