Após derrota acachapante e vergonhosa resta à ex-prefeita Cláudia Oliveira conviver com as denúncias de desvios e mandado de prisão
O “day-after” para a ex-prefeita e deputada estadual, Cláudia Oliveira, não deve estar sendo nada fácil. Carregar nas costas uma derrota pesada e que jamais será esquecida; -afinal não é todo dia que se perde ou se ganha uma eleição com mais de 20 mil votos de diferença- e, de quebra, voltar a conviver com graves denúncias de desvios, conduzidas pelo MPF e PF, e condenações à prisão na mesa do jantar, sem um fórum privilegiado, não dá pra voltar a sorrir.
A “lapada” inimaginável imposta pelo candidato da Coligação do Bem, Jânio Natal à fraterna Cláudia Oliveira esmorece a qualquer ser sensível, evitar disputas até mesmo para síndico de condomínio.
A resposta nas urnas aos desmandos de uma administração medíocre, incapaz e lapidada com práticas mundanas de desvios, fraudes, e incessantes e severas investigações do MPF e PF, foi o grito de uma população que condena essas práticas, já manifestadas em pleitos anteriores.
O povo portossegurense amanheceu com a alma lavada, ciente de que sua cidadania foi exercida na sua plenitude e aqueles que operavam nas periferias e nos subterfúgios desses arranjos também entenderam o recado: Porto Seguro é uma cidade séria e, por ser a terra-mater, deve ser e dá exemplo pro país. Vão se encostar em outras paradas! Aqui é lugar de trabalho, ordem e respeito ao cidadão. Os 20 mil votos de diferença é o atestado de que somos sérios e comprometidos com uma gestão progressista, voltada para o desenvolvimento socioeconômico de todos que escolheram e adotaram essa cidade como seu lar.
Restou aos apaniguados se encostarem ao fraterno mor, que a trancos e barrancos arrancou uma eleição na vizinha e formidável cidade de Eunápolis. Se exercerá seu mandato, só a justiça dirá, pois o peso da “capivara” do eleito, se mede em arrobas. Certo é que a “ciranda” foi desmontada, não dá pra brincar de roda com apenas um protagonista. A vitória do jovem e combativo Girlei, acompanhado do guerreiro Xepa, em Cabrália, foi o ato final e ‘tiro de misericórdia’ na famigerada “fraternidade”