Nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou a viagem que faria para a China neste sábado para o domingo devido a um quadro de “pneumonia leve”, diagnosticado na noite de ontem após exames no Hospital Sírio Libanês, segundo comunicado.
O mandatário será reavaliado durante a tarde pelos médicos para definir se a ida ao país asiático será de fato apenas adiada em um dia ou, por ora, cancelada. Em evento nesta quinta-feira na Cinelândia, no Rio de Janeiro, Lula já havia dito que estava com a “garganta muito ruim” e que por isso iria descansar para se poupar para a viagem.
— Vocês nunca viram eu sair de uma manifestação qualquer sem falar. Hoje, eu queria pedir para vocês desculpas. Eu estou com a garganta muito ruim e eu não quero ousar falar porque eu tenho que embarcar para a China sábado de manhã e preciso estar com a garganta boa para conversar com Xi Jinping (presidente da China) — disse o chefe do Executivo nesta quinta.
A pneumonia é um nome geral para uma inlfamação no pulmão que na maioria das vezes é consequência de uma infecção, principalmente por um vírus ou uma bactéria. No caso de Lula, que foi prescrito anitibóticos, a suspeita é se tratar de uma contaminação bacteriana.
De forma mais rara, pneumonias podem ser consequência de uma infecção por um fungo ou por outros agentes infecciosos. Ela acomete principalmente crianças de até 5 anos e idosos acima dos 65 anos, como o presidente, que estão mais suscetíveis à contaminação por doenças devido ao sistema imunológico mais enfraquecido.
Quais os riscos?
Uma pneumonia leve, como a de Lula, quando devidamente tratada não oferece grandes riscos à saúde. Os sintomas podem durar apenas 48 horas, e o quadro se resolver em cerca de três dias.
O tratamento com medicamentos, direcionados aos sintomas e ao agente infeccioso – como antibióticos, no caso da bacteriana –, pode variar de 5 a 14 dias. Já as mais graves, que levam o paciente a ser internado, podem demorar meses para se resolver completamente.
Embora os casos leves não ofereçam grandes riscos, situações mais graves podem levar a um baixo nível de oxigênio na corrente sanguínea, já que a infecção acomete o trato respiratório. Com isso, o paciente passa a sentir falta de ar e pode sofrer uma parada respiratória, o que pode levar à morte.
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Outros riscos é, quando não tratada, a infecção se agrava e provoca um abscesso pulmonar, quando uma área do pulmão morre e fica com um acúmulo de pus. Há também a possibilidade de o quadro provocar lesões permanentes no órgão.
Em 2019, por exemplo, antes da pandemia, a enfermidade se transformou na maior causa infecciosa de mortes de adultos e crianças – ceifando a vida de 2,5 milhões de pessoas, incluindo 672 mil crianças.
Quais os sintomas da pneumonia?
Os sintomas são parecidos com a gripe e envolvem:
- Catarro amarelado;
- Febre alta;
- Tosse;
- Falta de ar;
- Cansaço e fadiga;
- Dores no pulmão.
O que aumenta o risco para pneumonia?
O desenvolvimento de um quadro de pneumonia pode estar ligado ao ambiente hospitalar no caso de pacientes internados que acabam mais suscetíveis aos agentes infecciosos. Além disso, no caso das causadas por vírus, podem ser consequência do agravamento de doenças como a gripe, um resfriado ou a Covid-19.
Além de ser mais recorrente nos extremos de idade, pessoas com doenças pulmonares, diabéticas, imunodeprimidas, expostas à poluição e que passaram por doenças graves recentemente, o que enfraquece o sistema imune, também estão mais suscetíveis.