Sem calor e entusiasmo, Câmara de Porto Seguro retoma trabalhos com a mesma letargia anteriores
Projetos que sugerem mudanças de nomes de ruas e de escolas; títulos de cidadãos portossegurenses; projetos que declaram como patrimônios imateriais atividades culturais e artísticas voltaram a dominar a pauta da 1ª sessão ordinária do 1º período Legislativo do ano de 2022, realizada nesta quinta-feira, (10/02)
Não que não seja importante apreciar essas matérias, mas após um recesso de trinta dias, uma chuvarada intensa que desalojou famílias e revelou uma série de dificuldades do município, e com tempo para refletir sobre proposições afirmativas e que abranjam setores sensíveis e carentes da sociedade como educação, saúde, infraestrutura, ação social, meio ambiente e outros diversos; os “edis” só se atentaram a apresentar o “mesmo do mesmo”.
Uma retomada melancólica totalmente desprovida de inspiração cívica e vontade de realização política que, quiçá, possam explicar a ausência de autoridades políticas, civis, judiciais e a própria população; comuns nesses eventos de retomada dos trabalhos legislativos.
Durante o “Pequeno Expediente”, à exceção da oposição sistemática do vereador Bolinha (PSC) ao executivo municipal, eivada de intolerância e contradições, por ocultar sua defesa fiel e cega das maracutaias perpetradas pela ex-gestora e presidiária por um dia, Cláudia Oliveira e, à lucidez do vereador representante do Litoral Sul, Nido (PSD) que, da tribuna, demonstrou articulação e preocupações com a população, ao anunciar a visita de secretária de educação Dilza e a assessora, Ana Paula Guerrieri, aos distritos do litoral sul, para avaliarem prédios e casas para instalação de creches de interesse daquelas comunidades; o que se ouviu, novamente, foram reiterados e justos agradecimentos a Deus, parabéns a prefeito e secretários e agradecimentos entre os próprios pares pela companhia.
Para não ser injusto, o vereador Robinson Vinhas (PC do B) destacou a situação do trânsito no município revelando apreensões com os excessos praticados e denunciados pela população, dos agentes da nova autarquia (PORTRAN), criada para ordenar e melhorar esses serviços, e o descumprimento da lei, por parte de operadores de aplicativos e do transporte complementar, exigindo ações concretas do legislativo e do executivo municipal para que se faça cumprir as leis aprovadas na Casa. O vereador teve o apoio de Roló (PSC) e Lucas Barreto (PMB).
No mais, as amenidades de sempre. Os “Edis” ocuparam a tribuna para relatarem seus requerimentos e indicações e bradarem seus slogans de campanha. Um comportamento de final de mandato e, pelo que nos consta, a única em final de mandato na Casa é a vereadora e presidente da Câmara, Ariana Prates, que encerra sua 2ª gestão à frente do legislativo municipal no final deste ano de 2022.
