Com a fusão dos partidos DEM e PSL na esfera nacional, concretizada em evento em Brasília na tarde desta quarta-feira (6), o União Brasil, nome da nova legenda, tem três opções para disputar a Presidência da Republica em 2022.
O futuro secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, atual presidente do DEM, disse que a legenda, hoje, tem Rodrigo Pacheco, atual presidente do Senado, Luiz Henrique Mandetta, ex-minsitro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro, e o apresentador de TV, José Luiz Datena.
“Partido nasce com objetivo de ser o maior do Brasil. Com objetivo de ter candidatura própria à Presidência da República no próximo ano. E a nossa largada é muito forte porque temos três nomes: Rodrigo Pacheco, Mandetta e o Datena. Nenhum outro partido tem três nomes dessa expressão política como nós. O que precisa agora é intensificar diálogo com as demais legendas e tentar viabilizar uma candidatura própria”, disse ao O TEMPO, ACM Neto.
Durante coletiva, ACM Neto e Luciano Bivar (hoje, presidente do PSL), disseram que não vão se opor aos políticos que desejarem deixar o partido. Pela legislação, quando partidos passam por fusão, um parlamentar, por exemplo, pode deixar a nova legenda sem penalização.
Com essa liberação, há uma ala do PSL que deve sair do União Brasil. Esta ala é a mais ligada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em São Paulo, por exemplo, o União Brasil pode enfrentar uma forte debandada. Isso porque o DEM é aliado ao PSDB de João Doria, atual governador de SP. Historicamente, desde a época em que o DEM era PFL, o partido estava aliado aos tucanos em território paulista.
Por outro lado, o PSL é oposição ferrenha ao governo Doria.
Zema e Alckmin
ACM Neto disse que, agora, após a fusão nacional, o União Brasil começa a conversar com políticos regionais para formar candidaturas aos governos dos estados. Para ACM, o ideal é conseguir 10 candidatos próprios nos estados. Questionado sobre se as portas do partido estão abertas para Romeu Zema (Novo), atual governador de Minas Gerais, e Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador de São Paulo que busca partido para se candidatar no ano que vem, ACM considerou “dois grandes nomes”.
“Nós estamos conversando (com as regionais). Agora que nós ultrapssamos a fase da consolidação da fusão nacional, a gente vai avançar para definição do projeto do partido em cada estado do Brasil. Nosso desejo é ter mais de 10 candidatos no país. Por outro lado, a gente tem que considerar a história e o peso político. Você citou dois grandes nomes (Alckmin e Zema). Não posso antecipar, porque estamos conversando sobre projeto para São Paulo, para Minas e para cada um dos 27 estados brasileiros. Mas certamente o objetivo principal é ter número expressivo de candidatos a governador”, disse ACM.
Fonte: O Tempo