De quem é esse guincho?

Não bastasse o desespero de todos com a ausência de vagas, calçadas ocupadas, flanelinhas “noiados” e fissurados em levantar um troco, surge das trevas, o guincho.

 

O serviço de guincho fez a festa no carnaval. Só não se sabe pra quem e com qual autorização.

As ações, severamente criticadas, atingiram moradores, turistas e a qualquer desavisado que estacionasse seu carro no centro e periferia dos eventos que estavam acontecendo

Todos sabem a dificuldade para se estacionar em Porto Seguro. Então, com festa na passarela e em todas as imediações, uma vaga pra estacionar tem custo, os flanelinhas que o digam.

Não bastasse o desespero de todos com a ausência de vagas, calçadas ocupadas, flanelinhas “noiados” e fissurados em levantar um troco, surge das trevas, o guincho.

Isso mesmo leitor, o terror do guincho, agindo sorrateiramente e causando pânico nos proprietários dos veículos.

Estacionar em local proibido é infração de transito em qualquer lugar do mundo com previsão de multas e guinchamento. Qualquer motorista habilitado sabe disso. Agora, realizar um mega evento, convidar o Brasil e o mundo, não oferecer estacionamento, e multar e guinchar os carros me parece imoral e com digitais de máfia.

Os absurdos relatados são impressionantes. Uma moradora da cidade chegou a postar no face sua indignação particular. Segundo ela, não vou revelar o nome porque não fui autorizado, seu carro foi guinchado no centro da cidade, e nem os monitores de trânsito que trabalhavam no local, sabiam informar o ocorrido. Após uma maratona de idas e vindas ao pátio do Fontana, delegacia, secretaria de transito e pagamento em “cash”, conseguiu liberar seu automóvel.

Os valores pagos, segundo a mesma moradora variavam de acordo o local da ação, acrescidos do período que o veículo permaneceu no pátio.

O grande mistério é que os pagamentos estavam sendo efetuados em dinheiro vivo, sem preenchimento de DAM (Documento de Arrecadação Municipal), e aparentemente, sem ressarcimento à prefeitura das despesas com pessoal, papel, locação do pátio e carros usados pelos monitores da prefeitura com combustível da prefeitura.

Uma ação, à primeira vista, legal, amparada pela infração de trânsito, mas com todos os contornos de ilegalidade e favorecimento.

A reportagem do Jojo Notícias apurou que não existe Secretaria de Trânsito em Porto Seguro e nem fiscais com autoridade pra aplicar multas e realizar apreensões de veículos.

Constatou também que a tal empresa do guincho não tem contrato nem convênio com o município para realizar essas operações, contrariando lei municipal que não permite disponibilização de pessoal  para realização de serviços de terceiros, sem contrapartida

Portanto, caros leitores, os acontecimentos são gravíssimos e requer uma ação rápida e responsável das autoridades constituídas. Esta história do guincho não é de agora. Não é possível que um destino turístico do porte de Porto Seguro dispense esse tratamento aos nossos visitantes, também não é difícil imaginar o que estar acontecendo, mas o correto e prudente é a própria administração municipal vir a público esclarecer os absurdos.

Veja abaixo imagens da lei municipal e do código de postura do município:

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