O Secretário de Saúde Municipal, Kerrys Ruas, atendendo à um convite dos vereadores para que sanasse dúvidas dos “edis” com relação ao enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus no município, avalizou as medidas implementadas pela pasta, através de decretos do executivo, e afirmou que os recursos destinados ao município, têm sido aplicados com o maior rigor e critério que o momento exige.
A reunião realizada nesta quinta-feira (16), no plenário da Casa, teve a presença dos vereadores Bolinha, do líder do governo, Rodrigo Borges, Cido Viana, Lívia Bittencourt, e da vereadora e presidente da Casa, Ariana Prates, além do secretário, Kerrys Ruas e equipe da secretaria
Indagado pela presidente da Casa, Ariana Prates, sobre a quantidade de decretos promulgados pelo executivo, relativos à doença, e porque não houve convite aos vereadores para participarem das decisões, Kerris argumentou que as decisões foram acertadas e que são decisões fundamentadas em estudos técnicos e critérios epidemiológicos. Sobre a exclusão dos vereadores das decisões, o secretário não se manifestou.
Os vereadores Bolinha e Cido Viana voltaram a criticar o protocolo de atendimento para os casos de COVID que, segundo os “edis”, consideram equivocados, principalmente quando há a suspeita e confirmação da doença e o paciente tem que voltar para sua residência, às vezes em transporte público, aumentando o risco de contaminação de outras pessoas. “Teriam que ser transportados numa ambulância específica para esse serviço”, pontuou Cido Viana. O vereador lembrou também que existe uma ambulância no distrito de Pindorama que, há meses, não funciona por falta de um motorista. “Tem uma seletiva e o “Estado de Calamidade Pública” que permite contratações nesse período, mas nada foi feito”, Lamentou o vereador.
Questionado pela presidente da Casa, Ariana, sobre os valores e aplicações dos recursos destinados ao município para o combate à COVID-19, o secretário foi incisivo. “Porto Seguro está entre os 16 municípios da Bahia com maior transparência na prestação de contas desses recursos. Recebemos até a data de hoje (16/07), 1,4 milhões, em meados de abril, e mais duas parcelas de R$538 mil, provenientes do auxílo-emergêncial do governo federal aos municípios”, rebateu Kerrys Ruas.
O secretário detalhou que esses recursos, parte foram gastos na aquisição de EPIs, testes rápidos e, a maior parte, foram gastos com pagamento de 60 novos funcionários para a saúde do município. O secretário relatou ainda que existem cerca de R$ 850 mil em caixa, que deverão ser utilizados para aquisição de duas ambulâncias.
Kerrys se referiu a um valor estimado em R$7,3 milhões que devem ser repassados ao município, oriundos de recursos arrecadados pela operação “Lava-Jato”, mas sem uma data ainda definida. O secretário não se referiu às emendas de parlamentares como Valmir Assunção (PT), Jânio Natal (PL), Jose de Arimatéia e Jurailton (Republicanos), que anunciaram repasses que, somados totalizam mais de R$ 1,5 milhões (leia aqui).
Ao final os vereadores voltaram a criticar a falta de participação da Casa nas decisões do executivo municipal, especialmente no que diz respeito às edições de decretos e, no caso do vereador Bolinha, condenou o uso de recursos destinados ao combate da COVID-19, para pagamento de folha de pessoal.
Kerrys voltou a defender as medidas do executivo, salientando que o ideal seria a testagem em massa da população, mas que não há recursos para isso e que, mais importante que os testes, é o diagnóstico do médico. “É preciso que as pessoas ao sentir os sintomas da doença, se encaminhem rapidamente às unidades de saúde para serem examinadas pelo médico. Agindo desta forma e observando as medidas de isolamento, higiene, uso de EPIs e distanciamento social, pouparemos muitas vidas”, afirmou Kerrys.