Centro de Zoonoses existe sim em Porto Seguro, visitas ainda não

Embora nossa reportagem já tenha veiculado matéria sobre a obra do novo Centro de Controle de Zoonoses – CCZ – do nosso município, que está praticamente pronto para funcionar, no seu novo endereço no bairro Porto Alegre II, há tempos que o jojonoticia.com.br busca informações sobre o paradeiro dos animais que são recolhidos atualmente no município.

Uma saga, que inicia junto às Ongs de Proteção Animal. Com elas, apuramos que o serviço é realizado e muito bem elogiado. No entanto, eles, presidentes e voluntários dessas Ongs, nunca puderam visitar o local para onde são recolhidos os animais dos quais solicitam o resgate.

Nem o secretário Municipal de Comunicação, Cezar Aguiar, sabia da existência do tal centro de zoonoses, apenas do novo que foi construído.  Informações nos levaram até a confirmação de sua existência. Localizado no bairro Agrovila, nas imediações da Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB, o Centro funciona num local, possivelmente uma pousada ou casa que foi adaptada.

Nossa reportagem chegou a ir duas vezes ao local. Na primeira vez, era no período da tarde e não estávamos adequados ao horário de funcionamento do Centro. N’outra ocasião, nossa equipe foi atendida pelo médico veterinário, Marcus Maturino, que nos explicou que a visita só poderia ser concedida mediante a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde.

Enfim, conseguimos agendar uma entrevista com a superintendente da Vigilância em Saúde, Larissa Altoe. Ela topou nos receber na sede da Vigilância Sanitária de Porto Seguro, no bairro Pacatá. Acompanhado do veterinário, Marcus, ela explicou como funciona o atual Centro de Controle de Zoonoses.

Conforme Larissa, o Centro se trata, na verdade, de uma Unidade de Vigilância em Zoonoses, que atende, além de Porto Seguro, mais sete municípios. São eles: Eunápolis, Guaratinga, Itapebi, Itagimirim, Belmonte, Itapebi e Santa Cruz Cabrália.

O local é alugado e permanece assim até a inauguração do novo Centro de Controle de Zoonoses. Atualmente, estão abrigados 24 cães, 31 gatos e 4 cavalos. Todos os animais são avaliados e vacinados. Posteriormente, são entregues para adoção. No caso dos equinos, o proprietário tem até 10 dias para resgatar seu animal, mediante multa. “Realizamos a divulgação para a adoção desses animais, por meio do marketing boca-a-boca junto à nossa rede de proteção animal”, esclarece Larissa.

E é, segundo ela, essa principal forma para garantir uma rotatividade de animais na Unidade, uma vez que o local não suportaria abrigar uma demanda maior. “É importante destacar que o CCZ não é um canil ou um abrigo definitivo. Sua função é agir no controle de zoonoses, ou seja, nas doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos e na prevenção de epidemias”, explica.

Quando questionado à possibilidade de nossa reportagem e de voluntários de Ongs realizarem uma visita na Unidade, a superintendente desconversou, abrindo uma possibilidade futura.

Para o médico veterinário, Marcus Maturino, o mais difícil é realizar o tratamento de animais que não possuem histórico de vacinação e doenças. Ele acrescenta outras ações que a Unidade realiza: “além dos animais domésticos, também fazemos o recolhimento de animais silvestres, o acompanhamento dos exames solicitados dos animais e campanhas de vacinação antirrábica que inicia esse mês, por exemplo”.

Apresentando números relacionados aos três primeiros meses desse ano, o veterinário enfatiza o trabalho de resgate aos animais. “Foram 10 cães, 43 gatos e 14 equinos. Além de animais silvestres como macaco, escorpião, cobra e morcego”, revela.

É importante destacar, que abandono animal é crime.

O novo CCZ deverá permitir melhores condições, no sentido de abrigo aos animais, e com a instalação do centro cirúrgico, a possibilidade de realizar campanhas de castração. Atualmente, a Prefeitura Municipal e sua Secretaria de Saúde apenas apoiam campanhas realizadas pelas Ongs da região, e sua Unidade de Controle de Zoonoses não atende a demanda necessária para sua função.

Trabalham junto com o veterinário na Unidade, sete funcionários, sendo três dos serviços gerais, três vigias e um motorista. O cargo de diretor deve ser anunciado em breve, pelo menos, foi o que disseram.

Quem quiser entrar em contato com a unidade de Porto Seguro, denunciar animais abandonados ou circulando pelas ruas, pode fazer por meio dos telefones (73) 3288-1080; (73) 98802-3778; (73) 3288-1542 (disk denúncia). Na foto, a superintendente Larissa Altoe, o médico-veterinário, Marcus Maturino, junto a equipe da Vigilância em Saúde.

Acesse esse link e confira a matéria sobre a obra do novo Centro de Zoonoses: https://jojonoticias.com.br/centro-de-zoonoses-custa-mais-de-meio-milhao-de-reais-e-ainda-nao-foi-inaugurado/

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Comentários (2)
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  • Surda

    Olá, Sou surda. eu vi muitas vezes que animais foram na rua, estão magros, desespero. Não consegui denunciar, porque sou surda. Falta de acessibilidade p adaptação Whatsapp para surdos. Vocês não merecem sem sucesso!

  • Sueli

    Boa tarde!
    Quero saber como faço para entrar em contato com o Centro de Zoonose de porto Seguro! Os números de telefone que encontrei fazendo busca na internet não atendem.
    Grata por sua “atenção”.