A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) registrou a primeira morte por Febre Oropouche no estado, nesta segunda-feira (17/06). A paciente era uma mulher de 24 anos, moradora de Valença, cidade que fica a 123 km de Salvador.
A morte aconteceu em março deste ano, mas só foi divulgada nesta segunda, porque diversos exames precisaram ser feitos para que a causa do óbito fosse confirmada. Mais detalhes sobre o quadro de saúde da paciente não foram detalhados nem pela pasta nem pela prefeitura de Valença, que adiantou que a jovem residia na zona rural.
Uma segunda morte por Oropouche está em investigação. O paciente tem 21 anos e o caso foi registrado em Camamu, cidade a 72 km de Valença.
Ainda segundo o médico, até o momento não havia nenhum relato de morte por Oropouche na literatura. Os primeiros casos da doença na Bahia foram registrados neste ano.
De acordo com a Sesab, o estado enfrenta um surto da doença. Desde março já foram confirmados 691 casos, em 48 cidades. As primeiras ocorrências foram em Valença, onde o primeiro óbito foi registrado, e em uma cidade vizinha, Laje.
Até a última atualização da Sesab, a cidade de Gandu, no baixo sul, liderava a lista de registros, com 81 casos. Amargosa, no Vale do Jiquiriçá, aparecia com 66 registros positivos, seguida de Uruçuca, no Sul, com 50.
🦟 A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas.
📚 O arbovírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, na amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém – Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram registrados no país.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses como a dengue e a chikungunya.
💊 Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche. Ele é focado no alívio dos sintomas.
🔎 Com o aumento no número de casos, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou as ações de investigação epidemiológica nas regiões em que houve registros da doença.
Fonte: G1 Bahia