Falta incentivo para o esporte em Porto Seguro

Bruno Cardoso relata sua luta para participar das competições

Uma das modalidades esportivas que mais cresce no Brasil é o Jiu Jitsu. No último domingo, dia 17 de Dezembro, aconteceu em Santa Cruz de Cabrália, o CAMPEONATO SUL-BAIANO DE JIU JITSU, organizado pela Federação Baiana de Jiu Jitsu – FBJJO – com a participação de 300 lutadores.

O grande vencedor do cinturão faixa preta, na categoria Campeões Absoluto, foi Charle Braga, da equipe Furia Top Team de Brasília. A cidade de Porto Seguro se destacou na faixa marrom, com Isaías Santos, da equipe Yamasaki  – Porto Seguro e na faixa branca com José Afonso, da equipe Halavanca.

A Equipe Cemilton Reis, de Porto Seguro, também representou bem a cidade. Um dos lutadores que conquistou o cinturão sendo Campeão Absoluto foi Adriano Moraes, pela faixa roxa. E na Premiação de Troféu para as três melhores equipes, a Cemilton Reis pegou o primeiro lugar.

Não é de hoje que a escola vem se destacando no Brasil e no mundo. Em Novembro, Bruno Alves da Cruz Cardoso foi vice campeão do sul americano de Jiu Jitsu, o segundo maior campeonato do Brasil, que foi realizado em Barueri, São Paulo.

Master 1, faixa roxa, peso galo até 57,50 kg., Bruno Cardoso treina com o Mestre Cemilton Reis e o professor Bruno Lopes. Ano passado, foi campeão brasileiro em São Paulo, campeão Internacional de Masters, no Rio de Janeiro e campeão mundial em Fortaleza. O atleta conta que é uma alegria enorme representar Porto Seguro nestes campeonatos. Ele nasceu em São Paulo, mas vive em Porto Seguro desde os sete anos. É formado em Contabilidade e Pós-graduado em Auditoria e Controladoria. Segundo ele, o esporte na cidade e na região tem crescido muito, mas falta incentivo dos governantes e os empresários que poderiam ajudar mais. Para poder participar de algumas competições, ele conta com o patrocínio da Yamaji Cacau, de Curitiba. “Gostaria de participar do Campeonato Europeu de Portugal, em Janeiro, mas não tenho recursos para isso. Nunca ganhei dinheiro com o Jiu-Jitsu, na maioria das vezes, tiro do meu próprio bolso para representar a cidade e o País. Neste ano, fui para Portugal e fiquei em quarto lugar no Europeu. Fiz rifa, feijoada e pedi ajuda a alguns amigos”, desabafa o esportista. Ele se afastou do Jiu Jitsu para estudar e trabalhar e voltou a treinar há apenas três anos e a competir há dois anos. Chegar no ranking da Federação Internacional entre os 30 melhores do mundo é um resultado surpreendente em tão pouco tempo e o atleta declara que não para por aí. Em 2018, quer ser bicampeão brasileiro, no mês de abril, em São Paulo, e vencer também no Internacional de Master, no Mundial de Las Vegas, Estados Unidos e de novo no Sul Americano. Por isso, pega pesado nos treinos três vezes por semana e faz funcional nos finais de semana. Não participou do Campeonato em Cabrália, pois não tinha luta para sua categoria.

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