Há tempos, as filas e aglomerações formadas na porta e imediações da Caixa Econômica Federal em Porto Seguro causam indignação a todos e revela indícios de uma “tragédia anunciada”.
Com o retorno do pagamento do “auxílio emergencial” pelo Governo Federal, a partir de 06 de abril deste ano, os sinais e as cenas são claros de que o problema se intensificou.
Nesta sexta-feira, (09/04), em meio a enorme aglomeração, um cliente que estava na fila, sofreu um mal-súbito, desmaiou, provocando enorme revolta dos populares presentes e constrangendo os funcionários da instituição.
Diante dos fatos, o Sindicato dos Bancários da Região emitiu uma nota que transcrevemos abaixo:
“O tumulto gerado na agência da Caixa Econômica Federal em Porto Seguro na manhã desta sexta-feira, 09/04, quando um cliente teve um mal súbito e desmaiou, gerando protestos e ameaças de populares contra os colegas da unidade são efeitos colaterais da gestão da empresa orientada pelo governo federal.
Demitem empregados, reduz seu papel social e joga a população contra os seus trabalhadores e vice versa.
A unidade de Porto Seguro é uma das “praças” mais demandadas da região e já era para estar funcionando a prometida unidade no bairro Baianão.
Para piorar, os bancários da Caixa atendem sozinhos os pagamentos do auxílio emergencial, que voltou a ser liberado novo lote essa semana, com menos empregados, metas abusivas por venda de produtos, risco sério contra a saúde dos empregados e total desrespeito contra os clientes.
Se não bastasse, a Caixa piorou o procedimento; a Caixa bloqueou várias contas, transformando as contas poupança em conta-produto. Nas últimas semanas, mesmo antes do pagamento do emergencial, já estava tumultuado o atendimento, com ocorrências de xingamentos e ameaças sofridas pelos bancários todos os dias por causa disso.
Agora somou a fila das contas bloqueadas e a fila do atendimento emergencial.
Apelamos para as instâncias da Caixa – Gerência Geral, superintendência executiva de varejo e superintendência estadual para tomar medidas urgentes para acabar com esse sofrimento generalizado.
Apelamos também para o poder público – Ministério público, Poder Legislativo e Executivo e apoio da polícia militar, para contribuir com a gestão do problema, que além de falta de condições de trabalho e atendimento por parte dos empregados da Caixa, sofrem ameaças diariamente, tudo em plena Pandemia, com risco grave de contaminação das pessoas envolvidas”.
Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia.