Os colaboradores do Hospital Regional Luiz Eduardo Magalhães (HDLEM), em Porto Seguro, divulgaram um manifesto público nesta segunda-feira (1º/09), no qual expressam preocupação e indignação com a atual gestão terceirizada da unidade de saúde. O documento questiona a atuação do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), responsável pela administração do hospital, e denuncia uma série de problemas enfrentados no cotidiano da instituição.
Segundo o texto, o histórico recente da empresa em outros locais reforça as incertezas sobre sua permanência à frente do hospital. Os trabalhadores citam o rompimento do contrato entre a Prefeitura de Eunápolis e o IGH, além de um processo criminal em curso no Estado de Goiás, como sinais de alerta que colocam em dúvida a qualidade e a continuidade do atendimento prestado à população do Extremo Sul da Bahia.
No manifesto, os colaboradores relatam situações que, segundo eles, se repetem na rotina hospitalar:
– Falta recorrente de materiais e medicamentos, comprometendo procedimentos essenciais e colocando pacientes em risco;
– Sobrecarga das equipes, devido a escalas de plantão desfalcadas e condições precárias de trabalho;
– Atrasos salariais constantes, que desmotivam os profissionais e fragilizam o atendimento.
“Nosso compromisso é com a vida, com a dignidade dos trabalhadores e com a confiança da comunidade que depende deste hospital, referência em saúde para toda a região”, afirmam os trabalhadores, que também denunciam o peso da insatisfação popular recaindo sobre os profissionais que seguem atuando em condições adversas.
O manifesto exige providências imediatas do Governo do Estado da Bahia, cobrando responsabilidades sobre os problemas e a adoção de medidas concretas que assegurem o funcionamento pleno do hospital. “Não aceitaremos mais silêncio nem promessas vazias. Queremos providências concretas, respeito aos profissionais e a garantia de que o Hospital Regional Luiz Eduardo Magalhães continuará cumprindo sua missão de salvar vidas”, concluem os colaboradores.