‘Cidade da cachaça’ lidera ranking de qualidade de vida na Bahia

Com pouco mais de 7,3 mil habitantes, o pequeno município de Abaíra, localizado no centro-sul da Bahia, foi apontado como a cidade com a melhor qualidade de vida do estado, segundo o Índice de Progresso Social (IPS). Conhecida como a “cidade da cachaça” pela produção artesanal da bebida, Abaíra lidera o ranking estadual, seguida por Madre de Deus, Lauro de Freitas, Valente e Salvador.

O IPS avalia 57 indicadores sociais e ambientais em todos os municípios brasileiros, utilizando uma metodologia internacional adaptada à realidade nacional. Entre os critérios analisados estão saúde, educação, saneamento básico, inclusão social e segurança. “O objetivo do IPS é avaliar a qualidade de vida da população através de índices públicos, recentes, exclusivamente sociais e ambientais. O estudo vem de um entendimento de que desenvolvimento econômico não corresponde necessariamente a desempenho social”, explica Melissa Wilm, coordenadora do IPS Brasil.

Mesmo com uma renda média de apenas 1,6 salário mínimo, Abaíra conquistou o topo da lista graças a seu bom desempenho em áreas como cobertura vacinal, saneamento, segurança, preservação ambiental e inclusão. O município também apresenta uma das maiores proporções de idosos em relação ao número de crianças no estado: são 137 idosos para cada 100 crianças, enquanto a média baiana é de 56 para 100, segundo o Censo mais recente.

A nota geral de Abaíra no IPS foi 63,25, bem acima da média estadual, que é de 57,67. Já Salvador, apesar de ter um rendimento médio da população quase duas vezes maior que o de Abaíra (3,1 salários mínimos), ocupa a quinta posição no ranking. A capital baiana se destaca especialmente nos indicadores de esgotamento sanitário, acesso à informação, qualidade ambiental e educação superior, com nota 62,05.

BELMONTE

Belmonte amarga a pior colocação no Índice de Progresso Social 2025 na região
O recém-divulgado Índice de Progresso Social (IPS) de 2025 trouxe um alerta urgente para Belmonte. Com nota de apenas 47,34 — em uma escala de 0 a 100 —, o município figura entre os piores desempenhos do Brasil e lidera a última colocação na microrregião.
Em dimensões essenciais como Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades, Belmonte recebeu conceitos “Relativamente Fracos” e “Regulares”, refletindo anos de abandono em áreas fundamentais para a qualidade de vida da população. Quando comparado a municípios vizinhos, o quadro é ainda mais preocupante:
Canavieiras: 54,17
Santa Cruz Cabrália: 52,32
Itapebi: 54,05
Porto Seguro: 58,39
Itagimirim: 55,09
Belmonte aparece muito atrás, mostrando um cenário de grande desigualdade regional e desafios estruturais profundos.

Fonte: Alô alô Bahia

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