Sem mais bandeira para classificar os aumentos, o governo federal criou nesta terça-feira, (31/08), a “bandeira tarifária de escassez hídrica”, promovendo um aumento de 50% para cada 100kwts consumido gerando um aumento em torno de 7% para o consumidor residencial.
Como antecipado aqui no JoJô Notícias (relembre aqui) o aumento era inevitável, pois o baixíssimo nível dos reservatórios de água do País, o acionamento das termelétricas e a importação de energia de países vizinhos, como a Argentina e o Uruguai, indicavam que, mais uma vez, o consumidor pagaria esta conta.
Iniciamos o ano com a bandeira amarela, quando era cobrado R$ 4,00 por 100 kwts; em junho passamos para a bandeira vermelha 1, com a cobrança de R$ 6,00 por 100 kwts; em julho desfraldamos a bandeira vermelha 2, com a cobrança de R$ 9,00 por 100 kwts, agora, sem mais bandeira, foi inventada a acima referida, reajustada para R$ 14,00 por 100 kwts que, segundo o governo federal, passa a valer de amanhã (01/09) até abril de 2022.
Em cadeia nacional de rede de rádio e televisão, o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na noite desta terça-feira, (31/08), dimensionou o tamanho do problema. O ministro, além de rogar a São Pedro por chuvas, suplicou aos brasileiros que economizassem energia, evitando o uso de chuveiros elétricos, ferro elétrico e ar-condicionado.os consumidores domésticos que economizarem 12 de energia
O ministro anunciou também um bônus para os consumidores domésticos que economizarem 12% de energia entre os meses de setembro a dezembro deste ano, no valor de R$0,50 por kwts, mas que serão pagos apenas, com descontos na conta de luz, no mês de janeiro de 2022.
As autoridades federais, assim como na pandemia da Covid, negavam a crise hídrica, quando, no início do ano, especialistas alertavam e cobravam medidas que pudessem atenuar a seca prevista e anunciada pelos Institutos e órgãos de pesquisas meteorológicas.
Questionado, ao final do pronunciamento, se os reajustes anunciados e os apelos feitos à população nos livrariam de um racionamento de energia ou até mesmo de um apagão, o Ministro não garantiu nada, e passou a bola para “São Pedro”. “Se não chover, não temos certeza de nada”, disse Albuquerque.