Inflação avança com aumentos generalizados de energia, gasolina, gás e alimentos

Com mais um aumento, em torno de 53%, na conta de energia, previsto para os próximos meses, acompanhado dos sucessivos aumentos da gasolina, gás e alimentos, o “dragão” da inflação parece estar de volta.

A energia, que no início do ano, após o acionamento da bandeira vermelha, devido ao baixo nível dos reservatórios de água do país, passou dos R$ 4,90 cobrados por 100kwats consumidos, para R$ 9,40; deve ter mais um aumento, segundo os especialistas, de 53%, alcançando R$ 14,00 por cada 100 kwats consumido.

A gasolina, apena neste ano, teve uma variação de 51% no preço para o consumidor final. Há localidades no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Acre, onde os preços superam a marca de R$7,00 o litro.

Segundo pesquisas, 40% dos motoristas de aplicativos, principalmente, não conseguem rodar mais devido ao alto custo. As autoridades justificam os aumentos no setor à alta cotação do barril de petróleo no mercado internacional; à cotação do dólar e ao ICMS cobrados pelos estados, em torno de 27%. O gás segue na mesma balada.

Com relação aos alimentos, a cesta básica, pela 1ª vez, alcançou mais da metade do salário mínimo das famílias brasileiras. Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos), entidade mantida pelo movimento sindical, que realiza pesquisas sobre custo de vida, emprego e desemprego, os preços da cesta-básica subiram em mais de 15 capitais, e hoje representa esse 55,58% do salário mínimo.

Aumentos como 30% no arroz; 89% no óleo de soja; 26% na carne e de 25% , em média nas verduras e hortaliças, são os maiores responsáveis pela disparada no valor da cesta-básica.

O que agrava e preocupa nesse cenário é que a inflação pesa sempre mais para os mais pobres.

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