Entre o tudo e o nada, a mão pesada do Estado

Ao longo da última semana era dado como certeiro o que aconteceu ontem em Brasília. Fernando Gabeira e tantos outros alertaram o tempo todo para essa invasão terrorista.

Não precisa da tal inteligência da polícia para imaginar o que aconteceria. Estava nas redes sociais, tinham vídeos de bolsonaristas radicais anunciando que iam para o tudo ou nada.

É uma ingenuidade que beira a estupidez, inocentar o ex-presidente e o governador do DF. Ibaneis é

bolsonarista, nomeou o ex-ministro da justiça de Bolsonaro para voltar ao cargo que tinha antes do governo, ao de secretário de segurança pública do DF. Veja bem, Anderson Torres está de férias na Flórida, no mesmo estado em que está Bolsonaro. Aposto que estavam acompanhando juntos tudo pela TV e por suas redes sociais.

Essa rede terrorista bolsonarista tem seus mentores, seus financiadores e esse rebanho de radicais. Todos terroristas, todos golpistas.

Não adiantou o vandalismo em Brasília no dia 12 de dezembro, na diplomação de Lula. Na subserviência da polícia do DF em relação a esses vândalos.

Não adiantou encontrar bomba armada por bandido que confessou estar associado ao acampamento em frente ao quartel em Brasília. Ainda foi encontrado com ele, um arsenal onde estava hospedado.

Nada disso foi suficiente.

Havia uma ideia de que esses movimentos antidemocráticos iriam se acabar naturalmente e, realmente, estavam se esvaziando mesmo. Esperava-se que não precisaria usar a força. Era o que pensava alguns, como o ministro Múcio.

Mas a tragédia anunciada se deu ontem e, a partir de ontem, as coisas mudaram.

Agora chegou aquele ponto do qual não se pode mais aturar.

Então, se é o caso, a destruição do Congresso, do Palácio e do Supremo vai servir de uma vez por todas, no combate de fato dessa rede terrorista.

Eles queriam o tudo ou nada e agora vão sentir a mão pesada do Estado.

Ibaneis está afastado do governo e pode até sofrer impeachment. Anderson Torres foi exonerado e já tem pedido de prisão. Bolsonaro pode ser responsabilizado e já tem políticos estadunidenses pedindo que ele seja extraditado.

No rastro do dinheiro que paga os ônibus, os banheiros químicos, a alimentação e toda a estrutura dessas viagens e desses acampamentos do rebanho radical, estão: os empresários, o Agronegócio, a milícia; os financiadores do terrorismo.

E quanto ao rebanho, já passam de1.600  presos e os acampamentos, boa parte deles já foram removidos em todo Brasil.

A paciência acabou.

Por: Cris Moura

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