Caraíva: a mais nova opção do turismo étnico da Bahia e do Brasil.

Etnoturismo é o tipo de turismo em que os viajantes conhecem de perto a vida, os costumes e a cultura de um determinado povo, especialmente povos indígenas.

Este tipo de turismo é uma fonte de renda para as aldeias, que conseguem se sustentar financeiramente através deste tipo de negócio. É uma denominação para o segmento do turismo que trata a etnicidade como um produto turístico.

O Brasil é imenso em tamanho e diversidade cultural. Desta forma, rende inúmeras opções de turismo no país. Uma dessas opções, rica em história e costumes únicos, são as aldeias indígenas espalhadas de Norte a Sul. Segundo o último Censo, realizado em 2010,  0,4%  da população brasileira é formada por índios, total de 800 mil pessoas.

Dados da Fundação Nacional do Índio (Funai) apontam que existem 225 povos indígenas no Brasil, sendo que algumas delas não foram contatadas por estarem em locais isolados.

A Bahia é sem sombra de dúvidas um dos lugares onde o turismo étnico pode ser mais facilmente percebido, seja pela forte cultura africana, ou pelos remanescentes indígenas que ainda resistem no solo baiano.

Entre as opções para vivenciar os costumes dos primeiros povos que habitaram o Brasil, está “Barra Velha”; uma aldeia indígena dentro do Parque Nacional do Monte Pascoal, há 6km de Caraíva. A tribo que vive ali é denominada Pataxó.

Considerada uma opção de aldeia mais evoluída ao Sul da Bahia, em Barra Velha, pode-se programar visita e até mesmo ficar hospedado na localidade.

No local possui posto de saúde, escola e outros serviços mais urbanizados e os índios vivem em casas de alvenaria.

Ainda nesse roteiro do turismo étnico, pelo Brasil, constam também as localidades de Bertioga-SP, cuja aldeia, as crianças de até 7 anos só aprendem o idioma nativo: o guarani. As famílias vivem em casas de pau-a-pique, madeira e palha.

São Bernardo do Campo – SP, outra aldeia localizada em São Paulo é a Krukutu, das tribos Guarani e Guarani Kaiowa. Cerca de 300 pessoas vivem nas terras demarcadas pela FUNAI, com campo de futebol, posto de saúde, além de um centro de Educação e Cultura Indígena.

Os turistas que pretendem conhecer a aldeia podem participar de palestras sobre a preservação da comunidade e acompanhar de perto o cotidiano dos índios.

Santa Cruz do Xingu – Mato Grosso é considerada a maior e mais famosa reserva indígena do Mundo. No Parque Indígena do Xingu, que fica localizado no Mato Grosso, você pode conhecer a aldeia das tribos Wauja e Trumai. Essas são apenas algumas das mais de 204 tribos diferentes que existem na região do Xingu. As línguas e histórias de cada tribo se diferem, o que vale a pena conhecer mais de uma.

Manaus – Amazonas, a comunidade Tupé é uma das opções de tribos indígenas de Manaus que recebem visitantes. O acesso é por meio de barco ou Lancha, pelo Rio Negro, e trilha na mata, com pouco mais de 400m.

Durante o passeio de visitação, os turistas podem participar de rituais indígenas, trilha, visita a criação de peixes do projeto “Tanque Peixe”, trilha aquática na floresta alagada. Quem quiser também pode programar o café da manhã e almoçar no local

Em função de estudos que mensuram o ciclo de vida de localidades turísticas revelarem grande aceleração de saturação social e degradação dos recursos naturais; o conceito de etnoturismo, mesmo apresentando certa vulnerabilidade científica, por se caracterizar como uma atividade recente e estritamente relacionada a uma alternativa de geração de renda, vem se consolidando e demonstrando considerável potencial de evolução.

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