Ausência de planejamento e ânsia de arrecadação com “taxa dos ônibus”, provocaram graves desgastes na imagem de Porto Seguro.

Criados para ordenarem as excursões de turismo rodoviário, a lei 1402/2017 e o decreto-lei 9641/2018, mostraram-se completamente ineficazes para o objetivo aos quais se propuseram.

O que se viu na cidade nesse feriado prolongado do fim de semana iniciado no dia 12/10, foi o avesso do avesso.. do avesso!.

No transito local, um verdadeiro caos. Os ônibus invadiram a cidade e estacionavam no local que melhor lhes atendiam. Não importava se eram na contramão, em locais de estacionamento proibido, tipo: “tô pagando! Enfim, um verdadeiro “samba do crioulo doido”, reflexo da falta de planejamento e estrutura para fazer valer uma lei, há mais de um ano aprovada.

E o entrevero não ficou por aí. Do ponto de vista turístico, outro fiasco. Total desinformação dos usuários, (Não houve um motorista sequer que afirmasse ter conhecimento da cobrança), filas de espera para pagamento da taxa, só para citar alguns; Tamanha desorganização chegou ao cúmulo, com a veiculação nas mídias sociais de excursão barrada na entrada da cidade, com destino a Sta. Cruz Cabrália, por falta de pagamento. Essa situação foi desmentida, também em vídeo postado nas redes, pela administração municipal. Mas o estrago já estava feito. A imagem de Porto Seguro severamente arranhada pelo amadorismo e improvisação com o principal segmento da nossa economia, o turismo. É incompreensível que uma medida jurídica como esta que, de acordo a administração, visa a constante melhoria do turismo, buscando um modelo turístico sustentável e de qualidade, que prevê uma notificação prévia aos usuários das ruas permitidas e proibidas estacionamento, maior rigidez na fiscalização do transito para evitar infrações, acontecer sem, ao menos, definir nem destinar um local para estacionamento desses ônibus.

Defender a cobrança da taxa de acesso e circulação dos ônibus no município citando a existência da mesma, em diversos destinos turísticos como Búzios, Cabo Frio, Guarujá, Angra dos Reis, etc., e omitir que esses locais respeitam e oferecem condições mínimas para os usuários, é de uma demagogia e hipocrisia imensurável. Uma tremenda “cara de pau”.

Ficou claro que a ânsia de arrecadar se sobrepôs a todas as outras variáveis que deveriam ser consideradas. Mobilizar diversas categorias de servidores, das mais diversas secretarias, para uma empreitada fajuta, equivocada e fracassada como esta, foi um episódio lamentável e que precisa, seriamente, ser reavaliado. E, para compensar o desgaste e os transtornos vividos por toda a comunidade, seria sensato que a prefeitura divulgasse o valor arrecadado, o número de veículos abordados, e as infrações anotadas dessa tosca e infeliz “operação tabajara”.

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Comentários (2)
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  • Angelo Oliveira

    Para denegrir mais ainda a imagem de Porto Seguro, enquanto fiscais corriam atras de onibus, nas praias do Arraial se cobrava consumação minima de até R$200,00, para piorar o transito, fecharam o estacionamento criado no parque em frente ao Cambui, que funcionou ate o dia da eleição ajudando muito o transito, sem contar o mau cheiro de esgoto que tomou conta do centro do Arraial neste tres dias, uma cerveja comercializada a R$18,00 na praia, para piora a noite o asfalto colocado na estrada da balsa se tornou uma verdadeira armadilha devido as lombadas sem pintura e sinalização, se não tomarem providencia tera acidente s fatais.

  • Alexsandro da Silva Barbosa

    Vergonha.