A falta de fiscalização e a desgovernança que assola o município, estimulou, mais uma vez, a ação de invasores e depredadores no município.
O fato recente desenvolve-se na orla norte, um pouco acima da “ponta grande”, sentido Porto Seguro-Coroa Vermelha.
A ação é criminosa e repugnante. São dezenas de pessoas com foices, facões, enxadas, e uma parafernália de equipamentos, guiados pela ignorância e protegidos pela duvidosa identificação étnica indígena, que supostamente lhes dão o direito de agredir e exterminar a natureza.
O que surpreende e nos deixa todos estupefatos é a inércia dos órgãos encarregados de fiscalizarem e reprimir essas ações.
A nossa equipe de redação entrou em contatos com a CIPA, IBAMA, Secretaria de Meio-ambiente, e, acreditem se quiser. Primeiro: para conseguir falar nos telefones disponibilizados por esses órgãos é como acertar na loteria. Segundo: nenhum deles demonstrou ter uma reação planejada e programada para essas situações.
Um pede pra ligar pra outro, outro pede pra ligar pra um, um destes chegou a sugerir que ligássemos para o ministério público e registrasse uma queixa, enfim, um monte de técnicos e burocratas designados e remunerados para protegerem o meio-ambiente, que não servem pra nada. Esta é a verdade!
A resposta, aparentemente ensaiada, é a de que se trata de área indígena e de risco. Até as placas de identificação da APA (Área de Proteção Ambiental) foram removidas para ocultar a bagaceira dos “neo bandeirantes”.
Minha avaliação é de que essas movimentações não são de responsabilidade de povos indígenas. A relação do índio com o meio-ambiente não guarda o menor vestígio com a depredação hora vista.
Os indícios apontam para camuflagem de etnia com o objetivo de práticas ilícitas.
A cidade, o povo de Porto Seguro e os visitantes clamam por uma investigação para identificar e punir os verdadeiros patrocinadores e interessados nesses atos criminosos, que nos envergonha e nos coloca na contramão na luta pela defesa e proteção do meio-ambiente.