A distribuição de cestas básicas programadas para hoje, 06/04, no CRAS, entre a Vila Valdete e a Vila Parracho, em Porto Seguro, provocou grande aglomeração de pessoas, contrariando, por completo, a orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde) e do próprio decreto da prefeita Cláudia Oliveira que determinou o isolamento social, apelando para as pessoas ficarem em casa e evitarem aglomerações.
As imagens mostram as pessoas aglomeradas em uma imensa fila- estima-se que cerca de 500 pessoas compareceram-, na esperança de receberem uma cesta básica.
Chama a atenção o fato de que a prefeitura optou por uma prorrogação da campanha de vacinação em Porto Seguro, justamente, de acordo a administração, para evitar aglomeração nos postos de saúde, tendo posteriormente, optado por uma vacinação domiciliar, da qual não se tem notícia, nem conhecimento dos números. Da mesma forma prorrogou o fechamento do comércio, alegando a necessidade de evitar aglomeração para inibir a propagação da pandemia do COVID-19 e, nesta segunda, de forma atabalhoada, realiza uma ação desastrosa, comprometendo os esforços da população que atendeu o chamado para ficar em casa.
Distribuir cestas básicas para a população neste momento cruel é louvável e merece o reconhecimento de todos. Diversas iniciativas neste sentido foram encampadas por diversos órgãos, associações, voluntários e grupos de wats-app no município. Entretanto, nenhuma delas aconteceu da forma que a prefeitura está fazendo. Foram distribuições programadas, planejadas e, em grande parte, foram encaminhadas para as entidades distribuírem, ou entregues diretamente nas residências dos favorecidos.
Lamentável que se trate o povo desta forma inconseqüente e sem apreço. Amontoar pessoas desprovidas de proteção ao vírus, sem máscaras, álcool-gel e sem as menores condições de higienização, no momento em que essas condições são o que mais se exige é um grande equívoco e irresponsabilidade.
Do ponto de vista da saúde das pessoas, parece-nos que a emenda ficou pior que o soneto.