SINSPPOR convoca greve de advertência para esta quinta-feira, 03/05, em Porto Seguro.

A administração municipal alega que a reforma do estatuto é inevitável, pois, com a exigência do Ministério Público de realização de concurso público para substituir os contratados, é preciso reduzir os custos com a folha de pagamento,

O Sindicato dos Servidores Públicos de Porto Seguro e Região, (SINSPPOR), convocou, através de publicações nas redes sociais, uma paralisação de advertência com o objetivo de pressionar a administração municipal a conceder o reajuste salarial, com data-base em janeiro, e discutir com a categoria a reforma do estatuto e do plano de cargos e salários do servidor público municipal.

Em entrevista ao Jojô Notícias, o presidente do sindicato, Sr. Antonio Lisboa, esclareceu que a paralisação já estava prevista e deliberada em assembléia realizada em 14 de abril deste ano, em função da intransigência do prefeito em exercício na época, Beto Nascimento, que se recusava a conceder o aumento salarial e não cogitava discutir com os servidores a questão da reforma do estatuto.

Ainda, de acordo o presidente, após o retorno da prefeita afastada, Claudia Oliveira e com a definição do Secretário de Administração, Gilvan Florêncio como interlocutor das negociações, o diálogo evoluiu, ao ponto de haver hoje, 02/05, uma reunião com a prefeita, decisiva para as pretensões dos servidores.

Lisboa revelou que, além da questão do reajuste salarial, será discutido nessa reunião de hoje, a questão da reforma no estatuto, que para o sindicalista, são reivindicações casadas e associadas à decisão da greve de advertência; ou seja: mesmo que haja uma definição da data do reajuste salarial, a reforma do estatuto do servidor continua sendo uma reivindicação que pode manter a greve de advertência.

A administração municipal alega que a reforma do estatuto é inevitável, pois, com a exigência do Ministério Público de realização de concurso público para substituir os contratados, é preciso reduzir os custos com a folha de pagamento, tanto no número de servidores, como nas projeções salariais previstas no estatuto e “plano de cargos e salários” em vigor.

O SINSPPOR, de acordo seu presidente, está aberto às negociações com a administração, desde que se preservem conquistas básicas como: qüinqüênios, licença para tratamento de saúde, etc., não retirem direitos fundamentais do servidor, principalmente dos mais vulneráveis, e que a proposta de redução dos percentuais de projeção de níveis, não seja tão drástica e radical como a que se propõe no momento.

A reunião que acontecerá na tarde de hoje com a prefeita, além do presidente Lisboa e do tesoureiro Marcos Boca, será acompanhada também por uma comissão de avaliação formada pelos seguintes servidores: Albany Galindo, Gildeon Santana, Adailton Amparo (Dadá garçon),Sonia Kader, Alex Viana e Joilton Lima que terão a missão de, logo após a reunião, comunicar a categoria sobre a manutenção, ou não da greve convocada.

O presidente Lisboa confessa grande expectativa nos resultados da reunião, baseado no esforço empenhado pelo secretário Gilvan Florêncio, no sucesso das negociações, mas reafirma a disposição dos servidores, em paralisar as atividades, com grande adesão, caso não haja um entendimento.

A paralisação foi convocada para amanhã, 03/05, a partir das 8 horas, e a concentração se dará em frente ao setor de tributos da prefeitura, localizado na Av. Navegantes, próximo ao posto de gasolina, de onde pretendem sair em passeata até a câmara de vereadores, onde protocolarão documento solicitando a paralisação da reforma do estatuto de forma unilateral.

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