No pico da pandemia, manifestação cobra direito de trabalhar

Comerciantes, empresários, funcionários, ambulantes, músicos entre outras classes realizaram manifestação contra o toque de recolher e o Lockdown, instituído pelo Governo do Estado, por meio de decreto.

Os manifestantes se reuniram na manhã desta sexta-feira, 26 de fevereiro, no Trevo do Cabral e seguiram em caminhada pelas ruas centrais de Porto Seguro, empunhando cartazes com dizeres do tipo “Queremos trabalhar!”.

Nossa reportagem entrevistou Kevin Eletro, empresário e presidente da Uni-lideres, que estava na manifestação. O empresário fez duras críticas contra o Governador Rui Costa, questionou o atraso no pagamento dos salários dos médicos do HLEM e do hospital de referência de combate ao Covid, em Eunápolis; a demora na criação de leitos na região e uma série de relatos e denúncias contra o Governador. “Toda as medidas errôneas do Governador do Estado chegaram no momento de altas taxas de ocupação de leitos e quem está pagando isso é o empresariado. Somos solidários às famílias que perderam seus entes. A doença está aí . É seria, mas não estão sendo feitas as medidas necessárias e o Estado não se preparou para essa segunda onda”, desabafou o empresário.

O estado está em toque de recolher e entre as 20h dessa sexta-feira, 26 de fevereiro até segunda-feira primeiro de março, todos os 417 municípios baianos estão em Lockdown.

A Bahia está vivendo o pior momento da doença. Segundo o consórcio de veículos de imprensa, a média móvel do estado se iguala ao pico da doença nos meses de julho e agosto do ano passado.

Em Porto Seguro, conforme boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados, só na quinta-feira, 25 de fevereiro, 131 infectados, quase o dobro de semanas anteriores.  Ao todo, desde o início da pandemia, foram 113 mortos pela doença no município.

As ocupações de leitos na UTIs no Estado da Bahia são de 84% e de Porto Seguro é de 83% (25 dos 30 totais)

Veja o vídeo abaixo:

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