A fatídica e malversada “zona azul”, criada na gestão Cláudia Oliveira, com o mentiroso propósito de ordenar o trânsito na cidade e favorecer a mobilidade urbana; assim como apareceu, sumiu, após o prefeito eleito Jânio Natal cumprir promessa de campanha de acabá-la.
Ocorre que o empreendimento oportunista e desonesto deixou uma legião de abandonados e desesperados sem nenhuma proteção social e financeira; casos dos fornecedores e funcionários.
A empresa, que arrecadava milhões com a cobrança de estacionamento em todo o centro da cidade, seus arredores e no distrito de Arraial d’Ajuda, sempre foi inadimplente em seus negócios. Atrasava constantemente os salários dos funcionários, não pagava fornecedores e levava a administração municipal na “manha”, sem repassar a mixaria dos 7% dos valores arrecadados, previstos no generoso contrato.
Veja abaixo um texto nos enviado por uma vítima desse bando:
“Boa tarde , venho fazer uma denúncia contra a empresa Zona Azul. Tem 1 ano e 1 mês que deve salário aos monitores , são obrigados a trabalhar de sol a sol , chuva a chuva sem água, sem protetor porque a empresa disse que iria fornecer e não forneceu . Alguns funcionários que cobraram o salário atrasado foram demitidos por justa causa e outros levaram suspensão de uma semana ; os demais não denunciam porque já foram ameaçados de levar justa causa . Já fizemos várias denúncias para os órgãos públicos e nada foi solucionado ; já tem 1 ano e 4 meses que não depositam o FGTS , os monitores são vigiados o tempo todo; tanto por fiscais , gerente quanto por um aplicativo que tem no celular; são obrigados a fazer dinheiro para o almoço e para a passagem, porque a empresa não está fornecendo então quem não fizer fica com fome e sem transporte ! Essa empresa está explorando os funcionários e ninguém faz nada ; muitos passam mal por desidratação , problemas nos rins , infecção urinária e insolação . Peço que nos ajude por favor ! Quem sabe saindo nos jornais os órgãos competentes fazem alguma coisa”. Este é um dos inúmeros relatos que a nossa redação recebeu e vem recebendo sobre esses vigaristas.
Em pleno século XXI, à luz do dia, às margens do Oceano Atlântico, na Terra Mãe do Brasil, praticando o trabalho escravo.
É preciso que o Ministério Público interfira nesta grave situação. Esses proprietários trambiqueiros, descritos no contrato, precisam ser localizados; acertarem com os fornecedores; darem baixa nas carteiras dos colaboradores, enfim, honrarem seus compromissos. Algo tem de ser feito. Se não tiverem dinheiro, que vendam seus patrimônios. Foram dois anos mamando nas tetas dos cidadãos, conluiados com a administração municipal, com o abono da Câmara Municipal de Vereadores, que chancelou essa patifaria contra a vontade da população Portanto, alguém tem que ser responsabilizado. O prefeito Jânio Natal fez a parte dele, rescidindo o contrato. Não se trata de uma bala perdida; sabemos quem disparou e de quem era a arma. Esta conta não é, e nem deve recair sobre comerciantes e trabalhadores. Esses jagunços modernos e seu bando têm que responder por isso.