Preso segundo suspeito de envolvimento na morte da cantora gospel Sara Mariano

O segundo suspeito de envolvimento na morte da cantora gospel Sara Mariano foi preso na noite de terça-feira (14/11). A informação foi confirmada no início desta quarta (15) pelo delegado Euvaldo Costa, responsável pela investigação do caso. A Polícia Civil ainda não detalhou quem é a pessoa, nem as circunstâncias da prisão.

O primeiro suspeito preso foi o marido da cantora gospel, Ederlan Santos Mariano, que é o principal investigado pelo assassinato. A prisão dele ocorreu no dia 28 de outubro, quatro dias após o desaparecimento da vítima.

Os delegados que atuam no caso afirmam que ele admitiu o crime. No entanto, a defesa de Ederlan nega a confissão. O caso é investigado pela 25ª delegacia de Dias D’Ávila, na região metropolitana de Salvador.

Puxão de cabelo em fórum

Ao chegar para audiência de custódia no dia 31 de outubro, no fórum de Dias D’Ávila, estava algemado. Ele foi escoltado por um policial e seguido por equipes de imprensa. Várias pessoas aguardavam nas dependências da comarca. Na saída, um volume ainda maior de moradores aguardava do lado de fora.

Além de ter sido hostilizado, ele teve o cabelo puxado por uma manifestante. Várias pessoas tentaram agredi-lo, mas a polícia conteve a multidão. Depois da audiência, Ederlan foi levado para a delegacia onde estava detido, antes de ser transferido para o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

Sara Mariano foi vista pela última vez com vida na noite do dia 24 de outubro, ao deixar a casa da família. Na ocasião, Ederlan Mariano registrou boletim de ocorrência pelo desaparecimento da esposa, e afirmou que ela tinha saído com destino a eventos religiosos, mas alegou não saber quais.

Ele disse ainda à polícia que uma câmera de segurança flagrou o momento em que Sara deixou a residência e entrou em um carro, porém, afirmou não saber quem era o motorista que a levou. Ederlan chegou a pedir, nas redes sociaisi e na imprensa, para que as pessoas o ajudassem a descobrir onde a esposa estava, e garantiu que não houve brigas entre eles. Juntos, o casal teve uma filha de 13 anos.

Na tarde do dia 27 de outubro, três dias após o desaparecimento, o corpo de uma mulher foi encontrado parcialmente queimado, em uma área de mata às margens da BA-093, na região de Dias D’Ávila, cidade da Região Metropolitana de Salvador.

Para a Polícia Civil, Ederlan reconheceu que se tratava de Sara, já que um anel e a sandália dela foram achados próximos ao cadáver. A versão de Ederlan sobre o suposto evento gospel foi contestada por um pastor, amigo de Sara, no mesmo dia.

Segundo o líder religioso André Santos, não houve nenhum evento em igrejas do município no dia e horário relatado por Ederlan. Apesar disso, a própria Sara havia publicado nas redes sociais que estava a caminho de Dias D’Ávila, horas antes do desaparecimento.

Soraya, irmã de Sara, também questionou as informações passadas pelo marido da vítima, e disse que não acreditava na versão dele. A mãe de Sara, Dolores Freitas, contou que a filha havia dito que tomaria uma decisão importante no dia que desapareceu, no entanto, não chegou a falar o que seria.

O corpo de Sara Mariano foi sepultado no dia 30 de outubro, em Salvador, sob forte comoção de amigos e familiares.

 

 

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