Mesmo detido na Unidade Prisional da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, gastou, em 27 de abril, cerca de R$ 1,5 mil em uma refeição árabe, pedida por aplicativo, com direito a esfihas, kafta e lentilhas.
As regalias foram descobertas por equipes da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro. Além de uma lista com registros dos valores gastos no banquete, os investigadores encontraram anabolizantes, toalhas bordadas, celulares, dinheiro e cigarros de maconha. Tudo seria de Cabral.
O caso foi revelado em reportagem do fantástico, neste domingo (1). Imagens mostram que os objetos estavam guardados em compartimentos secretos na cela de Cabral.
Os agentes também investigam regalias concedidas ao tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, que cumpre pena na unidade pela morte da juíza Patrícia Acioli, morta em 2011. A apuração começou quando o juiz Marcelo Rubioli, da Vara de Execuções Penais, fez visita ao presídio e viu um policial recebendo uma sacola.
“Antes de entrar, eu vi esse policial, que é preso, recebendo uma sacola verde. Quando ele me viu, ficou sem ação e jogou a sacola por cima da cerca. Mas acho que ele se assustou, não jogou com tanta força, e ela caiu dentro da unidade, na ala de visitação. Ao lado dessa área onde se encontrava esse policial, vimos nas filmagens que só se encontravam o senhor Sérgio Cabral e o coronel Claudio. Há um indício de que esse material seja deles”, assinala Rubioli.
Dentro da sacola havia dois celulares, R$ 4 mil em dinheiro e vários cigarros de maconha. A descoberta da situação motivou diligências na cela dos detentos, onde os investigadores encontraram listas com registros de gastos — incluindo os valores da refeição árabe, mais sete celulares e outros objetos.
Segundo a Vara de Execuções Penais, Cabral deve voltar para o presídio de Segurança Máxima de Bangu nesta segunda-feira (2).
Fonte: Correio