O ato que aconteceu em frente a Secretaria de Segurança Pública, na Piedade reuniu aproximadamente 700 servidores.
Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada na manhã desta terça-feira (15/03), os Policiais Civis da Bahia deliberaram o estado de greve da categoria.
O ato que aconteceu em frente à Secretaria de Segurança Pública, na Piedade, e reuniu aproximadamente 700 servidores, foi uma resposta ao Governo da Bahia por descumprir a Decisão Judicial, determinando que o Estado se reunisse a cada 30 dias com os Policiais Civis para ouvir as reivindicações e apresentar propostas, pondo fim ao impasse que tange ao salário de nível superior dos servidores.
Deliberações
Os Policiais Civis presentes no ato votaram o seguinte cronograma:
Sexta-feira (18/03) – Os policiais irão entregar as chaves das custódias de presos da delegacias do Estado da Bahia. O mesmo ocorrerá com todas viaturas sem condições de uso.
Segunda-feira (21/03) – Entrega de coletes sem condições de uso e as pistolas Taurus24/7.
Sexta-feira (25 a 27/03) – Entrega das chefias, extras e greve geral dos Policiais Civis da Bahia, onde não ocorrerá nenhum tipo de serviço.
Além dessas deliberações também foram aprovadas a realização das blitz nas delegacias e quatro carreatas em Salvador, com data a ser definida.
“A conta dessa greve cairá sobre o governador Rui Costa. Ele terá que dizer para os baianos por que não dialogou com o policiais civis. É lamentável ver a postura tão intransigente de um gestor público, até decisão judicial o governo descumpriu, isso gerou muita revolta na categoria”, frisou Eustácio Lopes, presidente do Sindpoc.
Ele ainda explica que, entre 9 estados do Nordeste, a Bahia é aquele que paga o pior salário. Essa mesma posição é no que se refere aos demais estados do Brasil. “A situação do Policial Civil da Bahia não é nada confortável, passamos vergonha o tempo todo, não temos estrutura de trabalho, ganhamos salários baixíssimos, ficamos para trás dos outros estados do nordeste e do país. Por fim, o governo oferece um reajuste de 4% é inadmissível. É que o governo retome o diálogo sobre salário de nível superior, cumprindo a lei e devolvendo dignidade para a categoria ou então é greve”, finalizou.
Fonte: Acorda Cidade