Á exceção do vereador Hélio Navegantes que hipotecou apoio a candidatos a deputado federal e estadual, fora do município e região, a totalidade dos vereadores presentes na sessão desta quinta-feira,11/10, foram unânimes em lamentar a derrota da filha da prefeita e candidata a deputada estadual, Larissa Oliveira.
Alguns, como o vereador Élio Brasil, pontuaram a derrota como uma grande vitória, considerando a juventude da candidata e os 38 mil votos conquistados. “Espero que ela compreenda a vontade do povo e de Deus”, pronunciou Élio Brasil.
O vereador ressaltou ainda a vitória “esmagadora” do governador Rui Costa, declarando que o resultado mostra que o Partido dos Trabalhadores está no caminho certo. “Foi uma vitória magnífica contra a mídia conservadora e as elites dominantes”, completou o vereador.
O vereador Lázaro Lopes, ao saudar os candidatos vitoriosos, enfatizou que o povo está optando por candidatos de conduta ilibada e que os resultados dessa eleição revelaram isso, Sem nominar a referência, o edil parabenizou Larissa Oliveira pela coragem e perseverança, afirmando que ela ainda é jovem, tendo bastante tempo para pleitear novas disputas no futuro, Depois emendou: “É preciso que essa Casa convoque o departamento jurídico para avaliar o que realmente motivou a paralisação de obras, (conforme aviso publicado pela prefeita Claudia Oliveira no Diário Oficial do Município), com a justificativa de ajustes técnicos na licitação. Os moradores dos bairros estão me interpelando e cobrando por essa situação”, finalizou o vereador.
Os vereadores Wilson Machado, Robson Vinhas, Bolinha, e Nido, se revezaram em sentimentos e lamúrias pela derrota de Larissa e se adiantaram em deixar claro que não havia nenhuma relação entre a paralisação das obras e a derrota da filha da prefeita. “Mentiras, especulações, boatos de pessoas que desejam o pior para Porto Seguro”. Foram as explicações repetidas pelos edis para justificar o imbróglio.
O fato é que as interrupções foram anunciadas pela própria administração. As publicações estão lá no Diário Oficial. Se houve problema de comunicação, o erro continua sendo do executivo. Agora, querer cobrar dos meios de comunicação a divulgação de nota explicativa da prefeitura sobre o assunto, como sugeriu o vereador Nido; é um grande equívoco do parlamentar. Não é papel da imprensa está corrigindo erros de quem quer que seja. Ela pode se retratar por equívocos dela própria, mas jamais pelo de outrem, a não ser que o queira.
Voltando à sessão, a “chapa esquentou” quando o vereador Bolinha, em seu pronunciamento em defesa do presidenciável Bolsonaro, citou uma passagem que, segundo ele, trata-se de um episódio com Hitler, em que compara o povo a um frango despenado, que mesmo nesta situação, o acompanha, pela necessidade do alimento, numa alusão aos eleitores que votam no Haddad. A reação dos vereadores Élio Brasil e do líder do governo, Dilmo Santiago, foram imediatas. Élio chegou a dizer que o vereador Bolinha não tinha conhecimento político para aquele debate. Dilmo Santiago rebateu dizendo que: “Voto no candidato Haddad, não pelas migalhas, mas pelo campus da UFSB instalado no nosso município, pelo “Minha Casa Minha Vida”, pelo SAMU, pelo “Luz para Todos”, e mais uma série de benefícios conquistados pelo povo nos governos do PT.
Os vereadores também cobraram do presidente da sessão, Cido Viana, respeito ao regimento da Casa que, no entender deles, foi desconsiderado, quando este concedeu a réplica ao vereador Bolinha. O presidente Cido se defendeu dizendo que a mesa é soberana e tem autonomia para ceder a palavra a quem ela desejar.
Um final perfeito para uma sessão vazia, enfadonha, improdutiva, chorona e cada vez mais distante das discussões que interessam aos moradores que os elegeram.
Estiveram ausentes da sessão os vereadores: Cacique Renivaldo, Bibi Ferraz, Geraldo Contador, Robério Moura e o presidente da Casa, Evaí Fonseca.