Vereadora quer mudar nome histórico de praia, mas por falta de quórum, reunião da Câmara não aconteceu

Com uma pauta pobre – no sentido de relevância social, os projetos dos vereadores ficaram para a próxima semana, devido a falta de quórum suficiente para dar início a sessão desta quinta-feira, 3 de março.

A presidente da Câmara Municipal de Porto Seguro, Ariana Prates, realizou a segunda chamada às 10h20, e decidiu encerrar a reunião, percebendo que não havia o número mínimo de vereadores (oito, no caso), que representa a maioria simples da Casa.

De verdade mesmo, nada de importante ficou para depois; uma pauta pobre, repleta de projetos de menor relevância, do tipo: título de cidadão honorário, utilidade pública ou patrimônio histórico, de denominações, além dos parcos requerimentos e indicações.

E, falando em denominações de ruas e o excesso desse tipo de projeto por parte dos vereadores, assunto do qual já foi por vezes discutido pelos edis no ano passado e nesse ano, também tema recorrente de reportagens desse site, agora tal projeto partiu para outras derivações.

Não contente apenas em denominar ruas, os vereadores deram agora para denominar também repartições públicas e até praias tradicionais.

 

Apesar de não constar na pauta desta semana, mas na anterior do dia 24 de fevereiro, quando foi lido, o projeto de Lei 015/2022, de autoria da própria presidenta da Câmara, Ariana Prates, pretende trocar o nome da Praia Itacimirim para João da Sunga, homenageando assim, o saudoso ex-prefeito de Porto Seguro.

 

Nada contra o homenageado e sua devida importância histórica no cenário político do município. O finado ex-prefeito, inclusive, leva seu nome  numa barraca de praia do hotel de sua família, localizada nessa mesma praia da Orla Norte.

O problema é que o nome “Itacimirim” (em tupi-guarani pedras pequenas, ou seja, Praia das Pedras Pequenas), é  histórico, com mais de quatro séculos, constando em mapas e pergaminhos do século XVI, além disso, se a moda pega, como vem acontecendo, daqui a pouco, os vereadores vão querer mudar também os nomes das outras, tradicionais em todos os sentidos, para orientação e localização da comunidade, caso das Praias de Taperapuan, Mundaí e Mutá.

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