Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou hoje (29/06) o julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos. A sessão iniciou-ser às 9h.
Foi a terceira sessão destinada ao julgamento da causa. O tribunal julga a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT.
Até o momento, votaram o relator da ação, ministro Benedito Gonçalves, que proferiu seu voto na sessão realizada na terça-feira (27/06). O ministro votou pela condenação de Bolsonaro à inelegibilidade, por entender que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para difundir informações falsas e desacreditar o sistema de votação.
O relator também votou pela absolvição de Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022. Para o ministro, ele não participou da reunião e não tem relação com os fatos.
O julgamento foi retomado, nesta quinta-feira, (29/06), com a manifestação dos ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Dos três, apenas o ministro Raul Araújo divergiu do voto do relator, e considerou improcedente a AIJ; os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares acompanhou o relator e votaram pela inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro.
O Julgamento foi suspenso e será retomado amanhã, a partir das 12:00h, com a manifestação da ministra Cármen Lúcia, do ministro Nunes Marques e do presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.
Com o placar de 3 X 1 favorável à sua inelegibilidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro terá que contar com o apoio dos três ministros que faltam votar, situação pouco provável, para reverter o placar a seu favor e evitar sua ausência dos pleitos eleitorais, por um período de 8 anos.