Senador Marcos do Val (PL-ES) acusa Bolsonaro de pedir ajuda para aplicar golpe

O Senador Marcos do Val (PL-ES) denunciou, na manhã desta quinta-feira, (02/02), uma triangulação golpista entre ele, o ex-deputado Daniel Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro, para impedir a posse do presidente Luís Inácio da Silva.

De acordo o senador Marcos do Val, os três realizaram uma reunião, ocasião em que foi levantada a possibilidade do senador, devido à sua proximidade com o ministro Alexandre de Moraes, conduzir uma conversa gravada, em que o senador tentaria extrair do ministro, alguma fala que pudesse demonstrar a parcialidade do ministro na condução das eleições presidenciais de 2022. Após essa gravação, que seria feito com equipamento ultra moderno, fornecido pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional), segundo o senador Marcos Val, o presidente editaria um decreto de intervenção no TSE, com a consequente prisão do seu presidente, Alexandre de Moraes.

Marcos do Val apresentou as gravações do diálogo travado com Daniel Silveira que confirmam a sórdida trama para o Golpe de Estado.

Analistas políticos avaliaram que esse era o elo que faltava para justificar a minuta de golpe, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres

Em entrevista concedida à jornalista da Globo News, Marina Franceschini, Marcos Val relata que ficou claro que Silveira articulou o plano da escuta.

O Ministro e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que Silveira, num prazo de cinco dias, seja ouvido pela PF sobre os fatos narrados.

Val denunciou a trama ao próprio ministro, em 12 de janeiro, mas não houve investigações devido ao caráter sigiloso do inquérito que apura os vandalismos de 8 de janeiro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O ex-ministro Anderson Torres irá depor nesta quinta-feira, (02/02) e deve explicar toda essa trama, já que em seu 1º depoimento, optou por ficar calado, sob a legação de seus advogados de que não tiveram acesso aos autos.

O senador Marcos do Val anunciou que vai renunciar ao seu mandato e retomar sua carreira profissional nos EUA.

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